Dólar fecha a R$ 1,72; BC dobra dose de intervenções no mercado

Publicado em 10/09/2010 16:37

O mercado de câmbio doméstico confirmou a tendência de baixa dos preços já pelo oitavo dia consecutivo, apesar de, pela terceira vez, o Banco Central ter promovido dois leilões para comprar moeda: o primeiro às 12h30, quando aceitou ofertas por R$ 1,7190 e o último às 15h33, quando tomou dólares pela cotação de R$ 1,7187 (taxa de corte).

A autoridade monetária não informa imediatamente a quantia adquirida nesses eventos. Na próxima semana, o BC atualiza as estatísticas com o montante total de suas intervenções no mercado à vista.

No final das operações do dia, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,721, em queda de 0,11% sobre o fechamento de ontem. Durante o expediente, a moeda americana chegou a ser vendida entre R$ 1,723 e R$ 1,717. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em por R$ 1,840.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,10%, aos 66.689 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,89 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,52%.

Operadores salientam a capitalização da Petrobras, com seu potencial para trazer mais dólares para o país, mantém o dólar em queda nas últimas semanas. Mas o mercado já notou a retomada de captações externas por outras empresas.

[Reportagem da Folha mostrou que as empresas brasileiras já captaram mais de US$ 6 bilhões no mercado externo, somente na primeira semana após o término do período de férias no hemisfério norte. Além da Vale, que obteve US$ 1,75 bilhão no exterior, o BNDES abriu uma captação de US$ 1,3 bilhão. Também emitiram bônus a Odebrecht (US$ 500 milhões) e a Oi (US$ 1 bilhão). A Embraer conseguiu US$ 1 bilhão numa operação junto a 25 instituições financeiras estrangeiras, enquanto a Suzano e a JBS conseguiram US$ 500 milhões e US$ 300 milhões, respectivamente.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas chegaram a subir com força ao longo do dia, mas encerraram o pregão praticamente estáveis na maior parte dos contratos.

Ontem, o IBGE apontou uma inflação de 0,04% em agosto, conforme leitura do IPCA, a menor taxa para este mês desde 1998. Nos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,49%, a mais baixa do ano.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista foi mantida em 10,62% ao ano; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada permaneceu em 10,66%. E no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,29% para 11,30%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Quanto menor a taxa de câmbio, maior será o nosso PIB. Vocês já pararam para pensar que este aludido crescimento brasileiro para 2010 em parte é falso, jogo de nùmeros? Quanto mais baixo o valor do dólar, mais dólares dá o rendimento de cada pessoa. Veja a situação mundial:

    - E COMO FICAMOS, AGORA?

    - Lista feita pelo IBGE com os dados de 15 países onde já se concluiu o cálculo do PIB do segundo trimestre mostra, à frente do Brasil, na comparação com o resultado do primeiro trimestre, cinco países: Chile (4,3%), México (3,2%), Alemanha (2,2%) e Coreia do Sul (1,5%).

    Na mesma faixa do Brasil, o Reino Unido (1,2%) e, em seguida, o conjunto da União Europeia (1,0%), a Holanda (0,9%), a Bélgica (0,7%), a França (0,6%), a Itália (0,4%), os EUA (0,4%), Portugal (0,2%), a Espanha (0,2%) e o Japão (0,1%).

    Guido Mantega, da Fazenda, comemora o resultado e aposta alto: este ano, o PIB fecha com 7% de expansão, "um dos maiores PIBs mundiais. Somente poucos países como a China terão PIB maior", disse à imprensa, acrescentando que o desempenho econômico deste ano será o maior em 24 anos, mesmo com a esperada desaceleração neste segundo semestre.

    De volta ao IBGE, na comparação do PIB per capita em junho 2010, o Brasil fica na pior colocação, entre estes 15 países. A liderança é dos EUA, com US$ 46,4 mil. Os níveis mais próximos ao Brasil (US$ 10,2 mil) são os do México (US$ 13,5 mil) e do Chile (US$ 14,7 mil). Entre os demais países observados, Portugal é o que tem menor PIB per capital (US$ 21,8 mil), ainda assim, o dobro do brasileiro.

    Outra lista é a dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), mas aqui a comparação foi feita entre os resultados dos segundos trimestres, de 2009 e 2010: o Brasil ficou depois da China (10,3%), ao lado da Índia (os dois com 8,8% cada) e à frente da Rússia (5,2%). E também se calculou o PIB per capita no bloco: a Rússia fica à frente (US$ 15,1 mil) do Brasil (US$ 10,2 mil), da China (US$ 6,6 mil), e da Índia (US$ 3,1 mil).

    Veja mais em IBGE - Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volumes e Valores Correntes jbeting03/09/2010

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