Dólar fecha a R$ 1,71, menor taxa de câmbio do ano; Bovespa avança 1,82%

Publicado em 13/09/2010 17:28

A taxa de câmbio recuou para os seus níveis mais baixos desde o início de dezembro do ano passado, em seu nono dia consecutivo de queda. Analistas do setor financeiro avaliam que somente as intervenções do Banco Central têm evitado que as cotações fiquem abaixo do "piso" informal de R$ 1,70. Hoje, pela quarta sessão consecutiva, a autoridade monetária promoveu dois leilões para de moeda: o primeiro, às 12h18 (hora de Brasília), quando aceitou ofertas por R$ 1,7170, e o segundo às 15h56, quando tomou dólares por R$ 1,7180 (taxa de corte).

Os agentes financeiros não viam uma sequência tão extensa de desvalorização desde julho de 2009, quando a taxa cambial recuou de R$ 2 para R$ 1,87 entre o dia 8 e 27 desse mês.

O BC não informa imediatamente quanto adquire nesses leilões. Nesta quarta-feira, o governo publica o seu boletim semanal com o fluxo de dólares para o país bem como o montante de dólares comprados pelo banco no mercado à vista.

Nos negócios de hoje, o dólar foi negociado por R$ 1,715 (menor preço do dia) logo pela manhã, mas voltou a subir principalmente após a primeiro leilão de compra; perto do fim dos negócios, a taxa chegou a bater R$ 1,720 (o preço máximo do dia), quando recuou para R$ 1,716, a cotação de fechamento (queda de 0,23% sobre a semana passada).

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,830, em queda de 0,54%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 1,82%, aos 68.019 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,67%.

Especialistas citam pelo menos duas notícias pontuais para justificar a alta das Bolsas hoje e o recuo das taxas de câmbio: o forte crescimento da produção industrial da China, um dos principais motores da economia mundial; e a boa recepção às novas regras do sistema financeiro mundial --ainda que posssam ter impacto sobre o lucro dos bancos-- economistas saudaram a aplicação gradual dessa legislação.

Entre outras notícias importantes do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central brasileiro, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro voltou a elevar suas projeções para o crescimento do país neste: a alta estimada para o PIB passou de 7,34% para 7,42%, de acordo com a mediana das estimativas. Já o IPCA projetado caiu de 5,07% para 4,97%, ainda acima da meta (4,5%) do governo para este ano.

A mediana das das projeções para a taxa de câmbio de dezembro caiu pela segunda semana: de R$ 1,79 para R$ 1,77. Para dezembro de 2011, a cotação esperada passou de R$ 1,83 para R$ 1,81.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas recuaram na maior parte dos contratos negociados.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista cedeu de 10,63% ao ano para 10,62%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,67% para 10,66%. E no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,30% para 11,35%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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