Preços agrícolas sobem 4,52% na terceira quadrissemana de setembro

Publicado em 28/09/2010 13:07
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 4,52% na terceira quadrissemana de setembro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice de preços dos produtos de origem animal aumentou acima deste patamar (ou seja, 6,42%), enquanto o índice dos produtos de origem vegetal apresentou variação positiva de 3,76%.

As altas mais expressivas ocorreram nos preços do algodão (27,19%); do feijão (22,82%); da laranja para mesa (20,68%); do trigo (19,35%); do milho (17,51%); da carne de frango (13,92%) e do tomate para mesa (9,04%). Os reduzidos estoques internacionais do algodão, associados à produção brasileira insuficiente para atender à demanda, pressionam os preços internos da fibra para cima, segundo os pesquisadores José Alberto Angelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti. Esta tendência deve persistir até a entrada de produto em volumes substanciais no mercado internacional, o que possibilitará importações.

A estiagem prolongada ocasionou perdas na produção de feijão e atrasou o plantio do feijão novo, em especial nas principais regiões produtoras do Sul-Sudeste, dizem os analistas do IEA. Já as cotações da laranja de mesa foram pressionadas pela demanda da agroindústria citrícola no mercado livre de laranja in natura, numa conjuntura de produção menor na presente safra, associada à elevação do consumo com os primeiros dias mais quentes deste segundo semestre.

Os preços no mercado internacional do trigo, do milho e da soja (esta última com os preços recebidos em alta de 5,00%) subiram devido aos problemas climáticos de seca na Austrália, na Rússia e na Ucrânia e à redução na produtividade do milho norte-americano, apesar da safra recorde. Tal cenário criou expectativas no mercado financeiro de aposta na alta dos alimentos no mercado futuro, dizem os analistas do IEA.  “Esses preços continuam com perspectivas de alta nas principais bolsas formadoras dos preços internacionais que, nas condições brasileiras, superam a valorização cambial, aliviando no curto prazo os impactos da política cambial.”

Os aumentos das carnes suína e de frango devem-se à elevação dos custos de produção, em virtude das altas nos preços do milho e da soja (usados na alimentação destes animais) e do crescimento da demanda por parte dos consumidores no varejo pelo fato de serem produtos substitutos da carne bovina, cujas cotações estão em ascensão em função da menor oferta de boi gordo por causa do período de entressafra com estiagem prolongada. “Ademais, na carne de frango, as vendas externas deram impulso mais decisivo aos preços internos”, observam os técnicos.

A variação positiva no preço do tomate de mesa decorreu das baixas temperaturas verificadas no final de julho e no início de agosto, que afetaram o desenvolvimento dos frutos, assinala a análise do IEA. “Entretanto, os preços atuais estão bem abaixo dos preços recebidos no mesmo período do ano passado (55% menores).”

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Fonte:
Sec. Agricultura de SP

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