BC reduz previsão de inflação e mantém estimativa de crescimento do PIB

Publicado em 30/09/2010 13:09
O Banco Central reduziu as previsões de inflação para 2010 e 2011 e manteve a previsão de crescimento da economia neste ano em 7,3%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.

No cenário de referência, que considera a manutenção dos juros e câmbio no nível atual, a previsão de inflação passou de 5,4% para 5%. Para 2011, caiu de 5% para 4,6%.

No cenário de mercado, que considera as previsões do mercado para esses dois indicadores, a estimativa para preços para este ano passou de 5,3% para 5%. Para 2011, ficou em 4,6%.

O BC projeta que a inflação fique abaixo da meta de 4,5% nos dois primeiros trimestres de 2011 e no segundo e terceiro trimestres de 2012, quando chegaria a 4,3%.

Essas estimativas estão entre os dados utilizados pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC) para definir o nível da taxa básica de juros, que está hoje em 10,75% ao ano.

Crescimento do PIB

A previsão para o crescimento do PIB ficou em 7,3%, com uma participação de 6% da agropecuária, de 5,2% dos serviços e 10,9% da indústria. O consumo das famílias deve crescer 7,2%, o consumo do governo, 3,7%. Os investimentos, 17,5%.

O BC trabalha, do lado externo, com uma recuperação mais lenta da atividade econômica global, com possibilidade de reversão. Em relação à economia brasileira, a instituição espera uma expansão econômica mais moderada e com projeções de inflação menores em relação ao relatório de inflação de junho.

A avaliação é que o risco de descompasso entre oferta e demanda continua presente, mas em menor magnitude.

"As perspectivas para o segundo semestre indicam que a economia deverá crescer em ritmo condizente com taxas de crescimento avaliadas como sustentáveis em longo prazo", diz o BC no documento.

Moderação Salarial

O BC diz que um risco para a inflação está no mercado de trabalho. "O risco importante, nessas situações, é o de que o aquecimento no mercado de trabalho leve à concessão de aumentos nominais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade, o que, em ambiente de demanda aquecida, tendem a ser repassados aos preços ao consumidor", diz o relatório.

De acordo com a instituição, "moderação salarial constitui elemento chave para a obtenção de um ambiente macroeconômico com estabilidade de preços".

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Fonte:
Folha de São Paulo

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