Bovespa ganha 0,71%; dólar atinge R$ 1,67, menor taxa desde setembro de 2008

Publicado em 05/10/2010 13:28

O mercado brasileiro de ações registra valorização na rodada de negócios desta terça-feira, em linha com o tom positivo das demais Bolsas de Valores. Pela manhã, os investidores se animaram com a notícia de que o banco central japonês voltou a reduzir os juros, pela primeira vez em dois anos. Mais tarde, uma importante sondagem privada mostrou que uma melhora do setor de serviços nos EUA.

Dessa forma, o "termômetro" do mercado brasileiro, o Ibovespa, encosta nos 71 mil pontos, um nível de preços não visto desde a primeira quinzena de abril. Já a taxa de câmbio cedeu abaixo de R$ 1,68, em seu menor preço desde 3 de setembro de 2008.

Ontem à noite, o governo brasileiro anunciou a elevação do IOF cobrado sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa no país, de 2% para 4%, como forma de conter a valorização excessiva do real frente ao dólar. "Calma. Não sejamos apressados. Vamos deixar a medida ter efeito", disse hoje o ministro Guido Mantega (Fazenda).

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,71%, aos 70.885 pontos. O giro financeiro é de R$ 3 bilhões, acima da média para o horário. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 1,25%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,678, em queda de 0,82%. A taxa de risco-país marca 203 pontos, número 0,49% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central já entrou no mercado e comprou dólares. Nessas operações, a autoridade monetária não informa imediatamente a quantia adquirida.

Entre as primeiras notícias do dia, o banco central japonês surpreendeu os mercados e rebaixou a taxa básica de juros desse país de 0,1% para quase zero. Trata-se da primeira mudança na política monetária japonesa desde dezembro 2008, em plena crise financeira internacional.

Na Europa, uma sondagem privada (instituto Markit) apontou que a recuperação do nível de atividade no setor de serviços teve um ritmo mais lento em setembro, principalmente por conta da França e na Espanha. Ainda no velho continente, a agência de classificação de risco Moody's avisou que estuda um possível rebaixo do "rating" da Irlanda, apontando problemas de deficit público desse país.

Já nos EUA, a entidade privada ISM detectou uma aceleração no ritmo de atividade do setor de serviços desse país em setembro. O índice elaborado por esse instituto teve uma leitura de 53,2 pontos no mês passado. Economistas do setor financeiro estimavam uma cifra em torno de 51,8 pontos.

E no front doméstico, a CNI informou que o faturamento do setor industrial teve um ligeiro recuo (0,3%) em agosto, sobre julho. Na comparação com agosto do ano passado, no entanto, a alta do faturamento real foi de 11,8%.

Fonte: Folha Online

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