Dilma se esquiva de perguntas sobre aborto em Duque de Caxias
Perguntada três vezes sobre que tipo de tratamento havia defendido para quem estiver "querendo fazer o aborto", como afirmara em entrevista publicada em maio pela revista Isto É, Dilma preferiu não responder e dar sequência à entrevista coletiva.
CâmbioA ex-ministra chefe da Casa Civil também declarou nesta quarta-feira (6) ser contra o ajuste fiscal como forma de estancar a queda do dólar, mas defendeu o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), advogado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"Acredito que o ajuste fiscal não tem relação com o câmbio. A questão do câmbio nos Estados Unidos, nos países desenvolvidos tem relação com o fato de eles ainda estarem em uma crise profunda. Essa crise profunda não vai ser resolvida pela crise fiscal", afirmou a candidata.
"Agora, o que nós temos que fazer é aumentar a competitividade da indústria brasileira, tanto através de uma reforma tributária quanto do processo de melhoria do endividamento público", acrescentou Dilma, afirmando que o atual governo conseguiu reduzir a dívida publica de 60% para 40% e que esta seria uma forma de reduzir os juros e, consequentemente, melhorar a relação cambial.
Após conceder a breve entrevista coletiva, ela saiu em carreata por Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, junto com o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), começando pelo bairro Doutor Lauriano, onde mora o prefeito e presidente estadual do PSDB, José Camilo Zito, principal cabo eleitoral do tucano José Serra na Baixada.
Na carreata desta quarta-feira, assim como nas oito vezes em que fez campanha no Rio Janeiro no primeiro turno, Dilma não caminhou junto à população - não fez o chamado corpo a corpo -, fato já criticado pelo senador eleito do estado Lindberg Farias (PT).
Dilma interrompe carreata e volta para Brasília
A carreata da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, foi interrompida após percorrer apenas duas das quatro cidades da Baixada Fluminense previstas inicialmente. Com o trânsito lento e alguns erros de roteiro, logo ficou claro que seria impossível cumprir a programação. A retomada da campanha no segundo turno acabou se restringindo a Duque de Caxias e São João do Meriti, duas cidades nas quais a candidata teve mais de 50% dos votos e Serra ficou em terceiro lugar.
A força política do governo Sérgio Cabral e o apoio dos prefeitos da região foram determinantes para a decisão de começar o novo turno pela Baixada. Segundo o prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos (PR), os prefeitos da região vão propor uma reunião da base aliada de Dilma para unificar o discurso e trabalhar na eleição.