Bovespa inverte tendência e sobe 0,69%; dólar vale R$ 1,68

Publicado em 08/10/2010 12:48

Apesar do desempenho frustrante do relatório "payroll", que mostrou uma perda ainda maior de empregos nos EUA, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) reagiu e inverteu a tendência negativa de abertura. As Bolsas americanas também mostram recuperação, logo após um indicador mais favorável sobre o setor atacadista local. Analistas acreditam que, diante dos novos sinais de fraqueza econômica, o Federal Reserve (banco central dos EUA) será obrigado a lançar uma nova rodada de estímulos monetários (injeção de recursos no sistema financeiro).

O Ibovespa, avança 0,69%, aos 70.400 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,20 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,39%.

As ações da Petrobras, após três dias consecutivos de queda, valorizam 1,10% (no caso das preferenciais) e 0,81% (no caso das ordinárias). Juntos, os dois papéis somam R$ 440 milhões em negócios.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,680, em queda de 0,35%. A taxa de risco-país marca 201 pontos, número 0,50% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou que a economia local perdeu 95 mil empregos (entre contratações e fechamento de vagas) em setembro. A taxa de desemprego ficou estável em 9,6%. Economistas do setor financeiro esperavam uma perda muito menor, em torno de 10 mil.

Ainda nos EUA, outro relatório oficial informou que o nível dos estoques no setor atacadista aumentou 0,8% em agosto, acima das expectativas do mercado (consenso em torno de 0,5%). A recomposição dos estoques é usualmente interpretado como um sinal de recuperação da economia, já que no auge da crise mundial, as empresas esvaziaram seus "armazéns" para fazer caixa.

No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o nível de emprego no setor industrial teve sua oitava expansão consecutiva (0,1%), no mês de agosto. Em relação a igual período em 2009, houve alta de 5,2%.

E a FGV (Fundação Getulio Vargas) registrou uma inflação de 1,1% em setembro, a mesma variação de agosto, pela leitura do índice IGP-DI. No acumulado do ano, a variação foi de 8,04%; nos últimos 12 meses, 7,95%.

Fonte: Folha Online

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