Mais estímulo aos EUA seria necessário em breve, diz Fed

Publicado em 13/10/2010 10:22
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) considerou em sua última reunião em setembro que mais estímulos podem ser necessários em breve para a recuperação econômica dos Estados Unidos e discutiu a melhor maneira de fazer isso.

Os formuladores de política monetária fizeram avaliação de que mais medidas expansionistas seriam apropriadas o quanto antes, de acordo com a ata do encontro de 21 de setembro, divulgada nesta terça-feira.

As autoridades do Fed discutiram uma série de medidas para ajudar a economia, mas o foco foi na compra adicional de Treasuries de longo prazo e em meios de elevar as expectativas futuras de inflação.

Para ajudar a mudar as expectativas de inflação, o Fed discutiu a divulgação de informações mais detalhadas sobre quais taxas de juros a autoridade monetária preferiria, ou a possibilidade de deixar claro que o banco central toleraria um nível maior de inflação em uma base temporária.

O Fed também debateu a possibilidade de ter uma meta de ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

O Fed mantém a taxa básica de juro norte-americana perto do zero desde dezembro de 2008 e já comprou cerca de US$ 1,7 trilhão em títulos ligados a hipotecas e Treasuries de longo prazo para injetar dinheiro na economia e ajudar na recuperação da pior recessão no país desde a década dos anos 1930.

Com a recuperação dando sinais de fadiga nos últimos meses, com a retirada de estímulos do governo dos EUA e a crise de dívida soberana na Europa, os membros do Fed disseram que iriam considerar medidas adicionais para dar suporte à morosa economia.

A ata do encontro de setembro do Fed mostrou que muitos membros estavam perto de se convencer da necessidade de medidas e se mostraram insatisfeitos com o progresso recente e esperado da economia.

Muitas autoridades sentiram que a menos que as condições melhorem, considerariam apropriado agir rapidamente na esperança de motivar uma recuperação forte.

Fonte: Reuters

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