Bovespa valoriza 0,55% após abertura de NY; dólar marca R$ 1,70

Publicado em 25/10/2010 13:03

As ações brasileiras são negociadas com ganhos na jornada desta segunda-feira. A valorização dos papéis, no entanto, não é suficiente para devolver o índice Ibovespa ao nível de preços dos 70 mil pontos. As Bolsas americanas também operam em alta --em um dia de poucos indicadores no exterior, os números do setor imobiliário surpreenderam positivamente os investidores.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,55%, aos 69.912 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,24 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, avança 0,62%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,708, em um declínio de 0,05%. A taxa de risco-país marca 182 pontos, número 1,09% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central já realizou seu primeiro leilão para compra de moeda, aceitando ofertas por R$ 1,7015 (taxa de corte).

Entre as primeiras notícias do dia, a NAR (Associação Nacional dos Corretores Imobiliários, na sigla em inglês) comunicou que as vendas de imóveis novos cresceram 10% em setembro, bem acima das expectativas do mercado financeiro (US$ 4,1 milhões).

BRASIL

O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, revela que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação deste ano: o IPCA previsto saltou de 5,20% para 5,27%. Já a previsão para o dólar ficou estável em R$ 1,70 nesta semana. E para o crescimento da economia brasileira, as estimativas foram mantidas em 7,55% neste ano e 4,50% no próximo.

O BC também reportou que o deficit em transações com exterior atingiu US$ 3,9 bilhões em setembro e US$ 35 bilhões no acumulado deste ano. A cifra anual é quase o triplo do saldo negativo registrado no mesmo período de 2009 (US$ 12 bilhões).

Os investimentos estrangeiros somaram US$ 5,4 bilhões em setembro, mais do que o dobro do registrado em agosto. Ainda em setembro, os gastos dos brasileiros no exterior somaram US$ 1,58 bilhão, o terceiro resultado recorde somente neste ano.

E o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve saldo positivo de US$ 274 milhões na quarta semana de outubro. Com esse resultado, o saldo positivo no mês sobe para US$ 1,686 bilhão.

No acumulado deste ano, o superavit é de US$ 14,463 bilhões, ante um saldo positivo de US$ 22,419 bilhões no mesmo período de 2009.

G20

A reunião do G20 (grupo dos países mais desenvolvidos) encerrou no sábado com acordo em torno de uma "reforma histórica" do FMI (Fundo Monetário Internacional), que reforçou a participação das economias emergentes. As mudanças devem afetar ainda os mecanismos cambiais que permitem uma "desvalorização competitiva" das divisas, o que o G20 rejeitou oficialmente.

Analistas, no entanto, chamaram a atenção para a ausência de medidas concretas para deter a "guerra cambial". A proposta dos EUA para estabelecer metas para as contas correntes (medida mais ampla das transações econômicas de um país com o exterior) não foi aceita.

Nesse contexto, ganha intensidade a expectativa pela nova rodada de estímulos ("quantitative easing"), tal como sinalizado pelo Federal Reserve (o banco central americano), e que contribui para derrubar ainda mais o valor do dólar na praça financeira internacional.

Fonte: Folha Online

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