Dólar fecha a R$ 1,69; Bovespa sobe 0,20%

Publicado em 08/11/2010 16:09

A taxa de câmbio doméstica retomou o nível de R$ 1,70 nesta segunda-feira, na sequência de uma desvalorização de 1,4% na semana passada.

Analistas destacam que o mercado ainda trabalha com uma tendência predominante de baixa para as cotações, tendo em vista a injeção de US$ 600 bilhões prometida pelo banco central americano para os próximos meses, e a expectativa de que uma parcela significativa desse montante inunde as economias emergentes.

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Por outro lado, também há um relativo consenso entre os agentes financeiros de que o governo brasileiro deve lançar novas medidas para conter a desvalorização cambial, provavelmente após o encerramento da reunião do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo), na quinta e na sexta-feira.

Embora economistas do setor financeiro mostrem expectativas "realistas" sobre o resultado desse encontro político, alguns analistas temem que declarações pontuais das autoridades presentes gerem volatilidade durante esses dois dias.

Nesse contexto, o dólar comercial oscilou entre R$ 1,702 e R$ 1,691, para encerrar o dia na cotação de R$ 1,699 (alta de 1,13%). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,810 para venda e por R$ 1,640 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,20%, aos 72.738 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,96 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,40%.

Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, revelou que boa parte dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação deste ano --o IPCA projetado passou de 5,29% para 5,31%.

Já a estimativa para o dólar ao final deste ano foi mantida em R$ 1,70 e teve uma leve redução para 2011, indo de R$ 1,78 para R$ 1,77. O mercado continua estimando que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2010 no patamar atual de 10,75% ao ano e termine 2011 em 11,75%.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas recuaram em alguns dos contratos mais negociados.

Analistas reportavam hoje temores de que o ajuste fiscal prometido pelo governo seja feito mediante o aumento de impostos --a exemplo da discussão recente sobre o retorno da CPMF (o "imposto do cheque")-- e não por cortes de gastos públicos.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada recuou de 10,96% ao ano para 10,89%; para janeiro de 2012, a taxa prevista retrocedeu de 11,47% para 11,42%. E no contrato para janeiro de 2013, a exceção, a taxa projetada subiu de 11,88% para 11,92%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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