China e EUA se atacam às vésperas da reunião do G20

Publicado em 09/11/2010 08:33
Às vésperas da cúpula do G20, China e EUA, as duas maiores economias mundiais, voltaram a mostrar divergências sobre a decisão do Fed (BC americano) de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro como forma de estimular a economia.

Os EUA devem "se dar conta de sua responsabilidade e obrigações como país emissor de moeda de reserva e adotar políticas macroeconômicas responsáveis", disse ontem o vice-ministro Zhu Guangyao, em entrevista para apresentar a posição chinesa na cúpula do G20, que começa na quinta, em Seul.

Zhu disse que a medida do Fed provocará liquidez excessiva nos emergentes. Para ele, ao contrário de 2008, quando os EUA adotaram ação semelhante, o mundo "não precisa de mais capital, e sim de confiança".

A China rejeitou ainda a recente proposta americana de teto para superavit ou deficit em transações correntes. Para Zhu, os desequilíbrios mundiais ocorrem por motivos "estruturais", e a correção tomará tempo.

Além da China, Brasil, Rússia e Alemanha criticaram a decisão do Fed como mais um capítulo da guerra cambial, tema que estará no centro da cúpula em Seul.

"Os americanos acusam os chineses de manipular a moeda e logo, com a ajuda das impressoras de seu BC, baixam artificialmente o dólar", disse, no fim de semana, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

Fonte: Folha Online

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