Dólar mantém taxa de R$ 1,69 no fechamento; Bovespa perde 1,07%

Publicado em 09/11/2010 16:12

A taxa de câmbio brasileira oscilou bem pouco nos negócios desta terça-feira --entre R$ 1,702 e R$ 1,691-- numa indicação do grau de cautela dos agentes financeiros nesta semana, em que prevalece a expectativa pela reunião do G20 (grupo dos países mais ricos).

A reunião de cúpula serve de fórum para discussão da proclamada "guerra cambial", com críticas de sobra à iniciativa de americana de injetar US$ 600 bilhões em sua economia, um fluxo de recursos que pode transbordar para as demais economias, deprimindo ainda mais as taxas de câmbio locais e afetando as exportações.

Nesse contexto, o dólar foi cotado por R$ 1,699 nas últimas operações do dia, mantendo a taxa de fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,630 para compra.

Na BM&F, o contrato futuro de dólar para dezembro projeta uma taxa de R$ 1,707, em queda de 0,05%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede 1,07%, aos 71.879 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,84 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,46%.

O índice oficial de preços, o IPCA, é o maior destaque da agenda econômica doméstica de hoje. O mercado projetava uma variação de 0,70% para o mês de outubro, ante 0,45% em setembro, a maior taxa desde abril (0,57%). Segundo o IBGE, a inflação foi de 0,75% no mês passado. É a maior taxa desde fevereiro passado (0,78%) e a mais elevada para meses de outubro desde 2002, quando havia sido de 1,31%.

No front externo, o governo chinês anunciou a adoção de medidas para conter o fluxo de capital estrangeiro, no que foi interpretado como uma reação de Pequim ao plano do banco central americano para injetar US$ 600 bilhões na economia local.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas avançaram nos contratos mais negociados.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada subiu de 10,90% ao ano para 10,95%; para janeiro de 2012, a taxa prevista aumentou de 11,43% para 11,50%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 11,90% para 11,94%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA
Brasil e Japão assinam acordos em agricultura e segurança cibernética