Autoridades do FED defendem política de juros baixos nos EUA

Publicado em 17/11/2010 09:01
Autoridades do banco central americano, Federal Reserve (FED), rebateram nesta quarta-feira uma série de críticas ao seu estímulo econômico de US$ 600 bilhões, argumentando que o programa é necessário para ajudar a frágil recuperação dos Estados Unidos.

A medida do FED para injetar dinheiro no sistema financeiro ao comprar bônus do Tesouro gerou preocupação por seu potencial de alimentar bolhas de ativos em economias emergentes e causar inflação doméstica.

O presidente do FED de Atlanta, Dennis Lockhart, irritou-se com a ideia - repetida por autoridades econômicas de países como China e Brasil - de que o estímulo seria um esforço dos EUA para incentivar as exportações através de um dólar mais fraco.

"Não há intenção de política monetária para criar valores específicos ou mesmo uma direção para o dólar", disse Lockhart em discurso ao Alabama World Affairs Council. "Essa política não foi adotada para gerar depreciação do dólar".

Outros deram uma opinião semelhante. Em entrevista ao Wall Street Journal, Charles Evans, do FED de Chicago, disse que a principal preocupação do banco central deve, por definição, ser o desempenho da economia americana.

"Eu continuo querendo aplicar a política monetária acomodativa até que eu tenha alguma confiança de que a situação esteja mudando", disse Evans, declarando que a quantia de US$ 600 bilhões é "um bom começo" do programa de estímulo.

O presidente do FED de Boston, Eric Rosengren, que, como Evans, é considerado um dos membros mais expansionistas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), até considerou compras adicionais de bônus.

"A não ser que o cenário econômico melhore dramaticamente, eu espero que nós compraremos a quantia inteira", disse ele ao WSJ. "Se a economia fosse enfraquecer e nós tivéssemos mais desinflação e uma taxa de desemprego mais alta, aí nós teríamos de refletir sobre tomar ações adicionais".

Fonte: Reuters

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