Dólar fecha a R$ 1,73; Bovespa retrocede 2,15%
Os mercados voltaram a ficar agitados com a crise europeia, sem que o acordo preliminar em torno do pacote financeiro à Irlanda contribua para acalmar os ânimos.
Nesse contexto, as cotações da moeda americana variaram entre o valor máximo de R$ 1,731 e o mínimo de R$ 1,711, para encerrar o expediente em R$ 1,730. Esse valor representa um avanço de 0,63% sobre a taxa do fechamento de sexta.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,820 para venda e por R$ 1,660 para compra.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre perdas de 2,15%, aos 69.375 pontos. O giro financeiro é de R$ 4 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1%.
"A situação dos países chamados periféricos da região do Euro ainda não é confortável, sendo que há especulações de que Portugal será o próximo foco dos temores financeiros. Ou seja, alguma instabilidade ainda pode prevalecer", avalia Silvio Campos Neto, economista-chefe do banco Schahin, em comentário semanal sobre as perspectivas do mercado financeiro.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro elevou novamente suas projeções para a inflação deste ano -- o IPCA projetado para dezembro subiu de 5,31% para 5,48%, pela mediana das estimativas. Para 2011, a taxa prevista passou de 5,05% para 5,15%. Pelo acompanhamento semanal do BC, trata-se da décima vez em que o IPCA 2010 é revisado para cima.
As projeções para a taxa de câmbio em dezembro foi mantida em R$ 1,70 (pela quinta semana). Para dezembro de 2011, permaneceu a projeção de R$ 1,74.
E o Ministério do Desenvolvimento reportou que a balança comercial teve um deficit de US$ 663 milhões na terceira semana de novembro. O resultado negativo reduziu o superavit no mês para US$ 662 milhões.
JUROS FUTUROS
No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas voltaram a subir nos contratos mais negociados.
No contrato para julho de 2011, a taxa projetada avançou de 11,12% ao ano para 11,17%; para janeiro de 2012, a taxa prevista aumentou de 11,68% para 11,77%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada ascendeu de 12,18% para 12,35%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.