Em terceiro dia de alta, dólar fecha a R$ 1,73; Bovespa retrocede 2,16%

Publicado em 23/11/2010 15:39

O cenário de indefinições tanto no front externo quanto doméstico contribuiu para pressionar os preços da moeda americana nesta semana.

O acordo entre Irlanda e União Europeia (junto com o FMI) em torno de um pacote de socorro financeiro não trouxe alívio para os mercados. As especulações voltam-se agora para a próxima "bola da vez", isto é, qual deve ser o próximo país a demandar ajuda. Portugal e Espanha surgem como fortes concorrentes.

Analistas citam ainda a China outro fator de nervosismo entre agentes financeiros. O gigante asiático tem adotado medidas sucessivas para restringir o crescimento econômico e fazer frente às pressões inflacionárias. Muitos temem que um aperto monetário (alta dos juros) ainda esteja no rol de iniciativas de Pequim no horizonte próximo.

E por fim, na cena interna, analistas citam o noticiário sobre a formação da equipe econômica do próximo governo. A possível confirmação de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, e a provável saída de Henrique Meirelles do Banco Central são tema de discussão nas mesas de operações, embora alguns especialistas avaliem que as questões externas ainda tem maior influência no rumo dos negócios.

Hoje, a taxa de câmbio bateu R$ 1,741 na cotação máxima do dia, chegando a R$ 1,725 na mínima, para finalizar o dia em R$ 1,736, o que representa um acréscimo de 0,34% sobre a cotação do fechamento de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,840 para venda e por R$ 1,680 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre perdas de 2,16%, aos 68.126 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,7 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,3%.

Entre as notícias mais importantes do dia, o Banco Central informou que país teve um deficit de US$ 3,7 bilhões nas transações com o exterior em outubro, podendo chegar a US$ 4,4 bilhões neste mês, por conta do aumento sazonal do volume de importações e de remessas de lucros. No acumulado do ano, o deficit nas transações com o exterior cresceu 157% em relação ao mesmo período de 2009 e está em US$ 38,8 bilhões.

E a FGV (Fundação Getúlio Vargas) apontou uma inflação de 0,86% em novembro ante 0,62% em outubro, pela leitura do IPCA-15, visto como uma estimativa prévia do IPCA, utilizado no regime de metas do governo. No acumulado do ano, o índice está em 5,07% e, nos últimos 12 meses, em 5,47%.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas subiram com força nos contratos mais negociados.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada aumentou de 11,16% ao ano para 11,30%; para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,75% para 11,83%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada avançou de 12,31% para 12,33%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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