Bovespa perde 0,48%, descolada de NY; dólar atinge R$ 1,69

Publicado em 14/12/2010 12:48

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) descola de sua maior referência, as Bolsas americanas, e opera no campo negativo. Analistas avaliam que o mercado interno de ações tende a ficar mais volátil, devido ao vencimento de contratos futuros e de opções sobre o índice, previsto para amanhã. A bateria de indicadores americanos já divulgada mostrou desempenho melhor do que o esperado.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recua 0,48%, aos 68.792 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,80 bilhão. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, ganha 0,44%.

O dólar comercial é trocado por R$ 1,698, em queda de 0,17%. A taxa de risco-país marca 165 pontos, número 1,78% abaixo da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA reportou uma taxa de inflação acima das expectativas para o mês de novembro --0,8%-- após uma variação de 0,4% em outubro. Economistas do setor financeiro projetavam uma taxa em torno de 0,5%.

Ainda nos EUA, o Departamento de Comércio informou um avanço de 0,8% nas vendas do setor varejista em novembro, acima das projeções de 0,6% do mercado financeiro.

o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que as vendas do setor varejista cresceram 0,4% em outubro, pelo sexto mês consecutivo. Em relação a outubro de 2009, houve alta de 8,8% --a menor variação desde novembro de 2009.

Autoridades da China advertiram hoje que o país vai elevar sua meta de inflação para 2011, de 3% para 4%, reforçando as expectativas de que o governo desista de medidas mais drásticas de política monetária. Segundo Zhang Ping, diretor da poderosa agência chinesa de planejamento, o país também deve estabelecer uma meta de crescimento de 8% para o PIB nesse ano. Para muitos analistas, no entanto, é mais provável que o gigante asiático cresça a uma taxa de 9% no ano que vem.

A agência de estatísticas do bloco europeu, Eurostat, reportou que a atividade industrial da zona do euro teve uma expansão de 0,7% em outubro. Na comparação com outubro do ano passado, a alta foi de 6,9%.

E no final da tarde, o banco central americano anuncia a nova decisão sobre a política monetária. Embora os analistas não contem com qualquer alteração na taxa de juros desse país --mantida próxima de zero há cerca de um ano-- devem prestar atenção cerrada ao comunicado oficial (o 'statement'), com a visão do BC local sobre os rumos da maior economia do planeta.

Fonte: Folha Online

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