Mercado mantém dólar em R$ 1,69 pelo sexto dia; Bovespa ganha 0,26%

Publicado em 28/12/2010 16:04

A taxa de câmbio doméstico estancou em R$ 1,69 desde o início da semana passada. Os agentes financeiros não demonstram muita disposição em derrubar as cotações da moeda americana muito abaixo do "piso" psicológico de R$ 1,70, mantido durante boa parte dos últimos anos.

Conforme destacam analistas, os negócios estão em "compasso de espera", a espera dos desdobramentos da economia em 2011. Por esse motivo, apesar do baixo volume de negócios, a volatilidade dos preços é reduzida.

Hoje, o dólar foi negociado entre o valor máximo de R$ 1,694 e R$ 1,680, encerrando o expediente na marca de R$ 1,691, apenas 0,05% acima do fechamento anterior. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,630 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem ganho de 0,26%, aos 67.978 pontos. O giro financeiro é de R$ 3 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ascende 0,18%.

O mercado já considera que o Banco Central deve ajustar a taxa básica de juros ainda em janeiro, provavelmente repetindo a dose em março. Esse aperto da política monetária é um dos fatores que seguraram as taxas de câmbio mesmo nos momentos de maior nervosismo das últimas semanas, o que, em geral, costuma pressionar as cotações. Com juros mais altos, o país se torna ainda mais atrativo para o capital estrangeiro.

Economistas projetam uma taxa de câmbio não muito acima da atual para o ano que vem. Além da expectativa de uma taxa Selic ainda mais alta, a balança comercial ainda apresentar superavits, embora provavelmente menores do que deste ano. Até a quarta semana de dezembro, o saldo positivo acumulado desde o início do ano está na casa dos US$ 18 bilhões.

Para 2011, as projeções oscilam entre US$ 8 bilhões e US$ 13 bilhões. A consultoria Austin Rating divulgou relatório em que sustenta algumas razões para um relativo otimismo sobre a balança comercial.

Primeiro, uma recuperação mais ampla da economia mundial, com destaque para a demanda chinesa e indiana por commodities brasileiras; a valorização das matérias-primas; e por fim, o reforço de acordos comerciais com outras economias emergentes.

"Uma vez mais reiteramos que, apesar da perda de competitividade via preço pelo enfraquecimento do dólar norte-americano, o comércio exterior brasileiro é muito mais beneficiado pelo crescimento econômico no mundo (...) do que a desvalorização da moeda nacional", avaliam os analistas do departamento econômico da Austin

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Folha Online

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário