Se não for cortado, orçamento para política atingirá R$ 5,2 bi

Publicado em 07/01/2011 06:47
O Ministério da Agricultura deverá contar com o maior orçamento da história para sustentar preços e garantir eventuais aquisições da abundante produção nacional de grãos, fibras e cereais em 2011. A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) terá R$ 5,2 bilhões neste ano.

A proposta de orçamento aprovada pelo Congresso Nacional ainda terá de passar pelo crivo do governo, o que pode reduzir os recursos à disposição por meio do chamado contingenciamento (bloqueio) de verbas. O governo já deu sinais claros de que terá que cortar o orçamento de todos os ministérios.

Ameaçados pelos cortes temporários estão os recursos recordes para o seguro rural, uma das áreas mais sensíveis para a administração do setor rural. Ao seguro, que banca metade do custo das apólices aos produtores, foram autorizados R$ 406 milhões. No ano passado, foram autorizados R$ 238,7 milhões.

Além disso, os parlamentares incluíram R$ 500 milhões para o Fundo de Catástrofe. O recurso será usado pelo governo para atrair as seguradoras ao negócio via garantias adicionais em casos de sinistros generalizados em alguma região ou cultura.

O ministério terá ainda sob sua tutela os orçamentos recordes para a defesa agropecuária e as pesquisas da Embrapa, ambos "blindados" em lei contra eventuais contingenciamentos orçamentários. A Embrapa terá R$ 1,8 bilhão para manter seus projetos em 2011. As ações de defesa sanitária animal e vegetal terão 223,4 milhões. A erradicação da febre aftosa tem R$ 61,5 milhões e a rede nacional de laboratórios, outros R$ 25 milhões.

Na comparação das previsões feitas pelas principais administrações da área rural para 2011, o Ministério da Agricultura terá um orçamento de R$ 8,11 bilhões e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, R$ 4,3 bilhões. Essas estimativas são recordes históricos para ambos.

Apesar disso, o relatório final aprovado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso alertou, porém, para a baixa execução orçamentária de ambos em 2010. O Ministério da Agricultura, de acordo com o relatório, empenhou apenas 57,3% dos R$ 2,85 bilhões autorizados até meados do mês de novembro.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário empenhou 53,9% dos R$ 3,24 bilhões autorizados. Menos eficiente ainda, segundo o relatório, foi o Ministério da Pesca. A Pasta empenhou apenas 28,6% do total de R$ 788,8 milhões no ano passado.

Fonte: Valor Online

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Enquanto governo Lula recusa valiosa ajuda do Uruguai, civis seguem organizados no auxílio às vítimas das chuvas
Maior ataque aéreo da Rússia em semanas aumenta pressão sobre rede elétrica da Ucrânia
Ações da China recuam; setor imobiliário lidera perdas
Gastos emergenciais com Rio Grande do Sul não vão arranhar dívida pública, diz Tebet
Petrobras vai iniciar este mês perfuração no poço Uchuva-2, na Colômbia