Contra queda do dólar, BC acena com swap reverso
A pesquisa será realizada entre 18h e 18h30, com resultado a partir das 19h, de acordo com o BC. Se confirmado, o leilão será realizado na sexta-feira.
A medida se encaixa dentro dos esforços do governo para frear a valorização do real com objetivo de proteger as exportações. No domingo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia dito que o mercado poderia esperar ações no mercado futuro.
Na segunda-feira, ele declarou que uma eventual oferta de swap cambial reverso não incorreria em perdas para o governo porque as autoridades têm "certeza" de que não haverá valorização do real.
O swap cambial reverso é um derivativo oferecido pelo BC que funciona como uma compra futura de dólares pela autoridade monetária. Com a operação, o BC paga ao mercado um rendimento em juros e recebe em troca a variação cambial do período de duração do contrato.
"No curtíssimo prazo tem uma pressão de valorização da moeda norte-americana ou de depreciação do real. Mas isso não necessariamente muda a tendência", disse Flavio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank. "O governo vem colocando várias medidas e não tem tido nenhum impacto significativo na cotação da moeda."
O instrumento foi usado pelo BC pela primeira vez em fevereiro de 2005, com o objetivo então de acelerar a redução da exposição cambial do governo. As operações caíram em desuso após a crise financeira global, em 2008, e o último leilão de swap reverso foi feito em maio de 2009. Desde junho daquele ano, o BC mantinha posição neutra em swaps.
A última vez que o BC promoveu uma consulta no mercado sobre interesse por papéis dessa espécie aconteceu em julho de 2010. Mas, na ocasião, a sondagem foi informal.
Nesta quinta-feira, o dólar caiu 0,48 por cento, para 1,669 real.