Economia mundial ainda precisa resolver problemas financeiros, diz FMI

Publicado em 25/01/2011 14:13
Apesar de o mundo estar em um caminho de recuperação da crise econômica global, ainda são necessárias ações para dirigir restrições-chaves na economia e no sistema financeiro internacional, como o alto desemprego e problemas bancários nas economias avançadas e os riscos de superaquecimento nos mercados emergentes, notou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

As atualizações dos documentos Perspectiva Econômica Mundial e Estabilidade Financeira Global, ambos do Fundo, mostram que o mundo está em uma recuperação econômica de duas velocidades, com as economias avançadas em lenta retomada e os mercados emergentes e alguns países de baixa renda em um ritmo relativamente mais acelerado.

Para este ano, a economia mundial deve avançar 4,4%, ou 0,2 ponto percentual acima da projeção feita em outubro de 2010 para o período. Em 2012, a perspectiva é de que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial tenha um desempenho muito próximo, de 4,5% de expansão. No caso dos Estados Unidos, o FMI espera crescimento de 3% em 2011, ou 0,7 ponto percentual superior ao estimado anteriormente, e de 2,7% no próximo calendário, com queda de 0,3 ponto na comparação com a expectativa antecedente.

As economias da zona do ero devem registar avanço de 1,5% em 2011, sem alteraçao, e de 1,7% em 2012, uma redução de 0,1 ponto percentual no comparativo com a perspectiva informada em outubro do ano passado. No caso da Alemanha, o Fundo projeta crescimento de 2,2% neste exercício e de 2% no próximo. A economia da França deve ter ampliação de 1,6% e 1,8%, respectivamente. O PIB da Espanha deve crescer 0,6% e 1,5%, nesta ordem, com as ambas previsões revistas para baixo.

O FMI espera que a economia japonesa registre crescimento de 1,6% em 2011 e avance para 1,8% em 2012. O PIB do Reino Unido deve expandir-se 2% neste ano e 2,3% em 2012, projeções inalteradas.

"As requisições mais urgentes para a recuperação robusta são ações rápidas e amplas para superar os problemas financeiros e soberanos na zona do euro e políticas para administrar os desequilíbrios fiscais e reparar e reformar os sistemas financeiros nas economias avançadas", sustentou o Fundo. "Essas necessidades devem ser complementadas com políticas que mantenham as pressões de superaquecimento sob controle e facilitem o reequilíbrio externo nas principais economias emergentes", acrescentou.

O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, identificou dois pontos-chaves para a economia global neste momento - como os países de mercados emergentes lidam com os fluxos de capitais e o problema do alto desemprego e a dificuldade de consolidação fiscal nos países avançados.

"O alto crescimento em países de mercado emergente, junto com juros baixos em países avançados, levou a forte fluxos de capitais para América Latina e Ásia", disse Blanchard. "Esses fluxos de capitais representam tanto uma oportunidade como um desafio para as economias emergentes. Uma oportunidade uma vez que eles diminuem os custos que esses países podem tomar emprestado e um desafio porque eles podem causar superaquecimento e bolhas", emendou.

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Fonte:
Valor Econômico

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