Bolívia tenta conter alta do preço e da escassez dos alimentos no país

Publicado em 02/02/2011 07:00
O governo da Bolívia pretende agir de maneira conjunta com os empresários locais para evitar a escassez e a alta do preço dos alimentos. O presidente Evo Morales e os membros da Confederação dos Empresários da Bolívia se reuniram ontem (1) para analisar a conjuntura econômica do país. No encontro, foi agendada uma reunião para a próxima sexta-feira na qual serão definidas as medidas a serem adotadas.

O ministro boliviano da Presidência, Oscar Coca, qualificou a reunião como "vital e importante para tratar de temas produtivos, como a crise alimentar, a geração de empregos, a estabilidade energética e os investimentos". Segundo ele, a Confederação dos Empresários Privados assumiu o compromisso de "participar" das medidas através de investimentos para reativar o aparato produtivo.

Já o presidente da entidade, Oscar Sánchez, afirmou que Morales "mostrou grande disposição em trabalhar junto com o setor produtivo" a fim de concretizar "um esforço compartilhado para evitar a falta de alimentos no país".

O aumento do preço dos alimentos obrigou o governo a importar açúcar, que está sendo vendido subvencionado para evitar a especulação no mercado boliviano. No entanto, o valor do produto está cerca de 40% mais caro que em dezembro. Na semana passada, agricultores e mineiros realizaram protestos contra a escassez e a alta do preço dos alimentos. O grupo também saqueou lojas na cidade de Llallagua, no norte do departamento (estado) de Potosí.

A inflação dos alimentos tem preocupado diversos países atualmente. Isso porque, os preços das principais commodities agrícolas permaneceram em patamares elevados em janeiro, ainda sustentados por demandas em geral firmes, restrições ou ameaças às ofertas, dólar fraco e forte interesse de grandes fundos de investimentos nesses mercados.

Nesse contexto, aumentaram o temor de que o encarecimento mundial dos alimentos provoque uma nova crise permeada por protestos em países mais pobres, como em 2008, e a pressão internacional para a adoção de mecanismos que contenham a especulação e a volatilidade na Bolsa.

Segundo especialistas, se depender dos fundamentos de oferta e demanda, os sinais mais fortes ainda são de cotações bem acima das médias nos próximos meses, ainda que o provável incremento da produção, sobretudo de algodão e grãos no Hemisfério Norte na safra 2011/12, seja mais concreto em virtude dos atuais preços remuneradores.

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Fonte:
DCI

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