Líbia: Gaddafi desloca militares para fronteira; cresce pressão mundial
Aumenta a suspeita de que Gaddafi, que está no poder há quatro décadas, não vá ceder ao grande número de forças agora unidas contra ele.
Pouco menos de 12 horas depois que os Estados Unidos anunciaram estar enviando navios de guerra e forças aéreas para perto da fronteira da Líbia, no norte da África, as forças líbias reforçaram sua presença na remota localidade de Dehiba, na fronteira com a Tunísia, nesta terça-feira, e decoraram o posto de passagem com as bandeiras verdes do país.
Repórteres que estão no lado tunisiano viram veículos do Exército da Líbia e soldados armados com fuzis Kalashnikov. No dia anterior, não havia presença militar líbia nesse posto fronteiriço.
"Todo o meu povo me ama. Eles morreriam para me proteger", disse Gaddafi em entrevista na segunda-feira à rede norte-americana ABC e a britânica BBC, minimizando a extensão da revolta contra seu governo e o fato de ele ter perdido o controle do leste da Líbia.