FAO alerta para impactos da alta do petróleo nos alimentos
O índice de preços de alimentos da FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, alcançou 236 pontos em fevereiro, 2,2% mais que em janeiro e maior patamar desde que foi criado, em 1990.
Foi a oitava alta mensal consecutiva do indicador. Todos os grupos de produtos que o compõem (cereais, lácteos, óleos e gorduras e carnes) registraram variações positivas em fevereiro, exceto o açúcar.
O aumento do preço dos alimentos gerou protestos no Egito, Tunísia e em outras nações, levantando temores de que haja novos conflitos como os que ocorreram em 2007 e 2008. Alguns especialistas destacam, no entanto, que, ao contrário do que houve nessa época, o preço do arroz que está muito mais em conta hoje em dia.
O aumento recorde no preço do índice de alimentos medido pela FAO se deve ao encarecimento dos cereais, carne e produtos lácteos, disse o órgão da ONU. O açúcar foi a única matéria-prima que não sofreu pressão para cima. Os preços internacionais do petróleo, que subiram com a instabilidade na região do Norte da África e Oriente Médio, são uma variável crucial nesse processo.
"O encarecimento inesperado no preço do petróleo pode estimular ainda mais a situação já notavelmente precária nos mercados de alimentos", disse David Hallam, diretor da divisão de comércio e mercados da FAO.
"Isso agrega ainda mais instabilidade aos preços, justamente no momento em que a plantação da safra está a ponto de começar em algumas regiões produtoras mais importantes", destacou.
A alta nos preços do petróleo afetam aos mercados de alimentos em diversas formas, desde a produção até no custo do transporte.
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