Explosão de usina nuclear no Japão cria tensão na China
A mensagem, indicada como proveniente da BBC Flashing News, dizia que, em caso de chuva, os moradores deveriam ficar em casa nas primeiras 24 horas, com portas e janelas fechadas. O texto ainda alertava para uma proteção especial do pescoço para resguardar as glândulas da tireóide - as primeiras a serem atacadas pela radioatividade. Conforme a mensagem, a mudança dos ventos levaria a radiação primeiro para as Filipinas.
Tudo indica que os cidadãos chineses ficaram de fora de tal corrente, pois as mensagens foram enviadas apenas em inglês. Não há posts em blogs e fóruns a respeito da mensagem.
O governo chinês não se pronunciou a respeito, em conformidade com a política de "abafamento" de "alertas" que possam causar distúrbio social. Blogs e revistas locais, publicadas em inglês, passaram a alertar no final desta tarde para a possibilidade de o caso não passar de um trote, visto que as investigações não apontam para a dispersão das partículas radioativas, o que deu início a uma nova série de mensagens em cadeia.
De acordo com as autoridades que investigam a explosão da usina de Daiichi, ainda não há indícios de que os países vizinhos corram risco. O raio de quarentena está fechado em 30 km, o que exclui a possibilidade de contaminação em demais países asiáticos.
O Conselho de Energia Atômica de Taiwan está monitorando os níveis de radiação no Japão. O Diretor do Departamento de Regulação Atômica do Conselho, Hsu Ming-te, avaliou ser improvável a contaminação da ilha por causa da direção em que sopram os ventos.
Autoridades do Sul da China estão examinando produtos alimentícios importados do Japão. O Ministério do Meio Ambiente chinês anunciou nesta manhã que seus três reatores nucleares não haviam sofrido danos, e que detecção de componentes radioativos no país não indicava sinais de anormalidade.