Japão proíbe venda de leite e verduras de quatro províncias

Publicado em 21/03/2011 08:55
O Japão proibiu a venda de leite e de dois tipos de verduras produzidos em quatro províncias próximas da central nuclear de Fukushima, nordeste do país, em consequência da radioatividade acima do normal.

A suspensão afeta o espinafre e a 'kakina', uma verdura japonesa, produzidos em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, assim como leite de Fukushima, anunciou o porta-voz do governo, Yukio Edano.

"Foram detectados níveis de radioatividade anormais em amostras de leite, espinafre e kakina", afirmou Edano.

"Mas os níveis não são perigosos para a saúde humana", completou o porta-voz do governo.

O período de tempo em que a proibição ficará em vigor dependerá do controle dos níveis de radiação: "Primeiro teremos que solucionar a situação na usina nuclear", disse.

O porta-voz do governo reiterou que o nível de contaminação detectado até agora em leite e espinafre não representa um risco imediato para a saúde, exceto se os alimentos forem consumidos por um período prolongado de tempo, e destacou que a proibição de sua venda é "uma medida de precaução".

Edano também disse que o Ministério de Agricultura aplicará medidas para evitar que os preços desses produtos disparem e serão estudadas compensações para os agricultores afetados.

As indenizações "dependerão do quanto durar a restrição de venda. Dado que a medida se deve ao acidente (em Fukushima), assumimos que a Tepco será a principal responsável", assinalou.

Fukushima

O governo japonês assegurou nesta segunda-feira (21) que a radiação em torno do reator 3 da central de Fukushima não aumentou, apesar da fumaça detectada nessa unidade.

Edano explicou que está sendo investigada a origem da fumaça acinzentada vista às 15h55 do horário local (3h55 de Brasília) na unidade 3 e insistiu que as medições não mostram um aumento significativo da radiação desde essa hora.

Anteriormente, um porta-voz da empresa Tepco, operadora da central, havia assinalado que também não há mudanças na pressão do reator, embora por segurança tenha sido determinada a retirada dos trabalhadores nessa área da usina, enquanto se investiga a situação.

A fumaça sai do local onde se encontra a piscina de combustível nuclear, mas não se sabe se provém do interior, segundo a Tepco, que acrescentou que não foi registrada nenhuma explosão e descartou um curto-circuito como causa.

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Fonte:
Uol + Agências Internacionais

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