Inflação reduz crescimento na América Latina e fluxo de capital aumenta, diz IFF
A projeção é de o fluxo líquido total, oficial e privado, alcançar US$ 237 bilhões este ano, quase quatro vezes o déficit de contas correntes de US$ 60 bilhões da região. Isso significa que a pressão continuará sobre o real já fortemente valorizado.
Frederick Jaspersen, diretor de América Latina do IIF, diz que fortes fundamentos na maioria dos países da América Latina, altos preços das commodities, liquidez global abundante e contínuo rebalanceamento dos portfólios globais de investidor vão manter o fluxo privado em um nível próximo do pico para US$ 215 bilhões nos próximos dois anos.
Ao mesmo tempo, o IIF baixou as projeções de crescimento econômico na América Latina para este ano e 2012, comparado a 2010.
Ele argumenta que as condições econômicas globais continuarão, no geral, favoráveis para a América Latina. Mas medidas para conter pressões inflacionárias serão a causa principal de diminuição do PIB. A projeção agora é de expansão econômica regional de 4,5% e 4,6% neste e no ano que vem, comparado a 6,1% no ano passado.
Para Jaspersen, o atraso na retirada de medidas de estímulo contra cíclicos aumentou as pressões inflacionárias em vários países e um aperto monetário, que já começou, deve ser seguido por outros ao longo do ano. Isso, junto com a gradual retirada de estímulo fiscal, diminuirá o crescimento.
O IIF apresentou suas projeções no encontro anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Calgary, Canadá.