Crédito de longo prazo para investimentos estruturais pode sofrer com com a falta de recursos nos bancos federais
Para o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, o Brasil precisa elevar a taxa de Formação Bruta de Capital Fixo dos atuais 18% do PIB para 23% e, para isso, necessita atrair mais capital local a longo prazo, externo e mercado de capitais. "Se o Brasil crescer 1%, nós falamos em R$ 1,2 trilhão em investimentos adicionais. No meu ponto de vista, não me parece que o BNDES consiga sozinho suprir essa demanda".
No entanto, o economista afirma que as condições para atrair o capital privado devem ser diferentes das atuais. "É ilusório achar que sem um cenário favorável na curva de juros com uma inflação baixa, o capital privado vai se arriscar neste segmento".
Outra modalidade de crédito que deve sofrer este mesmo problema, talvez a partir de 2012, é o crédito imobiliário. Para suprir a diferença entre demanda e recursos disponíveis de poupança para financiar imóveis, os fundos imobiliários surgem como uma alternativa. Atualmente, somente a Brasil Finance Real Estate (BFRE) possui R$ 4,9 bilhões em recursos aplicados neste tipo de fundo.