Economia dos EUA desacelera a 1,8% e inflação sobe no 1º tri

Publicado em 28/04/2011 12:01
O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou mais que o esperado no primeiro trimestre, com os preços mais altos de alimentos e gasolina reduzindo o gasto do consumidor e levando um índice de inflação geral ao maior nível em dois anos e meio.

Mas o recuo da produção econômica norte-americana, que também foi resultado do inverno rigoroso, da ampliação do déficit comercial e do consumo fraco, pode ser passageiro devido à melhora do mercado de trabalho.

A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA esfriou para uma taxa anual de 1,8%, ante 3,1% no quarto trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas previam um avanço de 2%. O crescimento foi prejudicado pelo forte declínio do consumo pessoal, que subiu 2,7% sobre o mesmo período do ano passado. Nos últimos três meses de 2010, o gasto do consumidor aumentou 4%. A escalada dos preços de commodities significa que os consumidores - responsáveis por cerca de 70% da atividade econômica dos EUA - tinham menos dinheiro para gastar em outros itens.

O índice de gasto pessoal (PCE), uma medida ampla da inflação, subiu 3,8% - a maior alta desde o terceiro trimestre de 2008. No quarto trimestre, a alta foi de 1,7%. O núcleo do PCE, que exclui os custos de alimentos e energia, acelerou de 0,4% para 1,5% no primeiro trimestre. É a maior taxa desde o quarto trimestre de 2009. O núcleo é observado de perto pelo Federal Reserve (FED. banco central americano), que gostaria de vê-lo em 2%.

Crescimento pode subir Contudo, economistas esperam que o consumo aumente no segundo trimestre, principalmente pela percepção de os preços da gasolina não irão muito além de US$ 4 o galão, em média.

Ironicamente, o mercado de trabalho dos EUA - que até agora pressionava a recuperação econômica iniciada no segundo semestre de 2009 - deve sustentar o crescimento nos próximos trimestres. As exportações também devem dar apoio à retomada da economia. Os EUA abriram 216 mil postos de trabalho em março, a maior geração de empregos dos últimos 10 meses. A taxa de desemprego caiu de 8,9% para 8,8%, a menor em dois anos.

No primeiro trimestre, o crescimento também foi limitado pelo déficit comercial, pois a necessidade das empresas de reconstruir estoques elevou as importações, que cresceram 4,4%. A alta das exportações diminuiu para 4,9%.

Os estoques subiram US$ 43,8 bilhões, após um aumento de US$ 16,2 bilhões no quarto trimestre. Os estoques somaram 0,93 ponto percentual ao crescimento do PIB. Excluindo estoques, a economia cresceu apenas 0,8%, refletindo os pontos de fraqueza, após uma taxa de 6,7% no quarto trimestre.

O investimento privado em equipamentos e softwares ganhou força em relação ao trimestre anterior, mas o investimento do governo teve a maior redução desde o quarto trimestre de 1983. A construção de moradias não contribuiu para o PIB, enquanto o investimento em estruturas comerciais teve a maior queda desde o quarto trimestre de 2009. Porém, a produção de veículos motorizados adicionou 1,4 ponto percentual ao crescimento econômico do primeiro trimestre.

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Fonte:
Reuters

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