Valor da produção agrícola em Minas cresce 12,4%

A valorização média da renda agrícola mineira, em 2011, deve crescer 12,4% em relação ao valor do ano passado, de acordo com estudo do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo por base dados de abril. O Valor da Bruto da Produção (VBP) esperado para este ano é de R$ 20,3 bilhões.

Segundo a Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, o destaque é a perspectiva de aumento do VBP do café, que deve alcançar 31% na comparação com 2010, pois a cifra prevista é de R$ 11,05 bilhões.

Outro bom desempenho em  Minas Gerais é do algodão em caroço, que deve alcançar um VPB de R$ 120 milhões, cifra 109,7% maior que a de 2010. Conforme explica a assessora técnica Márcia Aparecida de Paiva Silva, da Spea, este é o caso de um produto em recuperação, já que o resultado obtido pelo algodão em 2010 foi menor que o do ano anterior. “A estimativa para 2011 aponta para o terceiro valor mais alto desde 2005”, ressalta a assessora.

Ainda segundo Márcia Silva, será também expressiva a elevação do VBP do milho neste ano. O valor do grão deve alcançar R$ 2,36 bilhões, cifra 28,3% superior à registrada no ano passado. Ela acrescenta que a cana-de-açúcar, com VBP estimado de R$ 2,78 bilhões, deverá ter uma expansão de 0,5%. Já o feijão, com valor previsto de R$ 1,08 bilhão, mostra  crescimento de 7,6%.

Valores do Brasil

A renda agrícola de Minas Gerais vai crescer mais que a prevista para o Brasil. O levantamento para o país mostra que, em 2011, o valor poderá atingir R$ 195,6 bilhões, cifra 8,3% superior à verificado no ano passado.

O algodão tem destaque com crescimento projetado de 60,5%, chegando a R$ 5,1 bilhões. Depois vêm a  uva, com aumento de 43,4% e VBP previsto de R$ 4,4 bilhões; o milho, com alta de 25,1%, deve atingir valor da produção de R$ 22,7 bilhões; e a soja, com ganho de 15,8%, tem valor estimado de R$ 54,4 bilhões.

Terão queda no VBP nacional  a banana, tomate, cacau, cana-de-açúcar, batata inglesa e trigo. Esses  produtos respondem por 25,6% do valor da produção em 2011.