SP: Preços agrícolas sobem 11,45% na terceira quadrissemana de maio, puxados pela cana
O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista subiu 11,45% na terceira quadrissemana de maio, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal, principalmente cana-de-açúcar, feijão e tomate para mesa, que aumentou 17,54%. Já o índice de preços dos produtos de origem animal apresentou queda de 3,65%. Sem a cana, o índice geral cai 3,98% e o índice de produtos vegetais recua 4,30%.
Dos produtos levantados, oito apresentaram alta nos preços (seis de origem vegetal e dois de origem animal) e 11 sofreram queda (sete de origem vegetal e 4 de origem animal). O preço da cana-de-açúcar sofreu acréscimo de 33,56%, seguido do feijão (mais 29,45%), do tomate para mesa (mais 14,96%) e do leite C (5,48%).
Os preços da cana da nova safra foram beneficiados pelos preços do açúcar e principalmente do álcool (tanto anidro como hidratado), o que explica o expressivo aumento verificado, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.
Já os preços do feijão retomaram a tendência de alta, "já precificando a ocorrência de escassez que vigorará até a entrada da colheita dos plantios de inverno", observam os analistas. Por sua vez, os preços do tomate de mesa subiram em decorrência de chuvas de granizo dias antes da colheita de maio em uma das principais regiões produtoras, que geraram perdas expressivas do produto.
No caso do leite C, a proximidade do inverno, com as primeiras manifestações do frio no outono, já sinaliza redução da oferta do produto em virtude do menor volume e pior qualidade das pastagens, gerando expectativa de elevação dos preços também pressionados pela demanda, explicam os pesquisadores. "Mesma tendência está indicada para o Leite B, porém em menor intensidade, já que os produtores de ´B´ são menos dependentes das pastagens."
As quedas mais expressivas ocorreram nos preços da laranja para mesa (24,64%); do algodão (22,51%); da carne de frango (10,04%); dos ovos (6,76%) e da carne suína (6,09%).
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