Parlamentares da oposição entram na Justiça com mais seis representações contra Palocci
No Congresso, a ofensiva contra o governo depende da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que poderá confirmar ou rejeitar o que havia sido aprovado na semana passada na Comissão de Agricultura da Casa. Por um vacilo da base aliada, a oposição conseguiu aprovar o requerimento de convocação de Palocci. Os deputados governistas alegam terem se confundido durante a sessão.
"Nós esperamos que vossa excelência [Marco Maia] referende a decisão da comissão [de convocar o Palocci]. Se, por ventura, não o fizer, a oposição vai ao Supremo [Tribunal Federal]. Isso já está definido”, disse o presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN).
Outra ação do grupo opositor na Câmara é a ameaça de obstruir as votações em plenário. “No Congresso, vamos continuar toda ofensiva. Vamos obstruir todas as votações da Casa e se ocorrer a [rejeição da convocação], não vamos nos furtar de paralisar os trabalhos por completo”, reafirmou ACM Neto (BA).
A procura por assinaturas para a abertura da CPI (comissão parlamentar de inquérito) também será reforçada, segundo as lideranças presentes na reunião.
A oposição vai fazer ainda um convite para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, preste esclarecimentos sobre a decisão dele de arquivar os requerimentos para investigar Palocci. Além dele, os partidos pretendem chamar a imobiliária, o sócio e os donos do apartamento que o ministro aluga em São Paulo e que seria de propriedade de um laranja.