Dados dos EUA indicam mistura de fraqueza e inflação
O núcleo da inflação foi impulsionado pelos preços de veículos motorizados e roupas. Analistas apontam interrupções na cadeia de fornecimento, causadas pelo terremoto no Japão, como um fator por trás do encarecimento dos automóveis. Economistas previam uma alta de 0,2% do núcleo no mês passado. A inflação geral desacelerou de 0,4% em abril para 0,2% em maio, com queda nos custos de energia.
Outros dados, dados do Federal Reserve (FED, banco central americano), mostraram que o índice de atividade manufatureira do Estado de Nova York caiu pela primeira vez desde novembro, surpreendendo economistas, que esperavam uma alta. Em um segundo relatório, o FED disse que a produção industrial americana cresceu 0,1% em maio, restringida pela segunda queda consecutiva na produção de carros, também ligada a problemas de fornecimento de peças.
Apesar disso, a atividade manufatureira nacional subiu 0,4%, com as fábricas compensando a produção perdida em abril por causa dos tornados no sul dos EUA. Os números mistos colocam o FED em uma posição difícil. A alta do núcleo da inflação pode pressionar as autoridades para começar a retirar os estímulos da economia, mesmo com a recuperação frágil.
Preço da gasolina cai
O núcleo de preços subiu 1,5% em maio sobre o mesmo mês do ano passado, ante alta de 1,3% em abril. É o maior avanço desde janeiro de 2010. Ao mesmo tempo, os preços em geral subiram 3,6% na comparação anual, refletindo a escalada dos custos de energia. É a maior alta desde outubro de 2008.
O preço da gasolina caiu 0,2% no mês passado, após uma inflação de 3,3% em abril, mas os preços de alimentos subiram 0,4%, mesma alta de abril. Os preços de carros novos subiram 1,1% no mês passado - maior aumento desde outubro de 2009 - e os preços de roupas subiram 1,2%, maior avanço desde fevereiro de 2009.