Inflação pelo IPCA-15 é a menor desde agosto

Publicado em 20/07/2011 14:35
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou mais que o esperado em julho e atingiu a menor taxa desde agosto do ano passado, em razão da queda dos alimentos e de menores altas de vestuário e habitação.

O dado é o último de inflação divulgado antes de o Banco Central anunciar nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados, sua decisão sobre a taxa de juro, com expectativas de um novo aumento na Selic.

O indicador subiu 0,10 por cento em julho, ante alta de 0,23 por cento vista em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã.

Analistas consultados pela Reuters previam alta de 0,15 por cento, de acordo com a mediana de 16 respostas, que variaram de 0,12 a 0,19 por cento.

Os custos do grupo Alimentação caíram 0,39 por cento neste mês, tendo impacto negativo de 0,09 ponto percentual no IPCA-15, após subirem 0,11 por cento em junho.

"Ocorreu queda generalizada nos preços (de alimentos), verificando-se aumento em poucos itens. Entre os que ficaram mais baratos, destacam-se cenoura, tomate, frutas, hortaliças, batata-inglesa, frango, carnes e arroz", disse o IBGE em nota.

Os preços de Habitação diminuíram a alta, de 0,72 para 0,28 por cento, em razão de uma queda nos condomínios e de uma menor elevação do aluguel residencial e da tarida de água e esgoto.

Os custos de Vestuário tiveram oscilação positiva de 0,15 por cento em julho, abaixo da alta de 1,28 por cento de junho, devido ao período de liquidição.

Por outro lado, os preços de Transportes caíram em ritmo menor, em 0,02 por cento agora, contra 0,73 por cento antes.

Segundo cálculos de economistas, o índice de difusão também diminuiu, de 62,5 por cento em junho para 53,9 por cento em julho.

12 MESES E PERSPECTIVAS

Apesar do bom comportamento dos preços no mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,50 por cento, nesta quarta-feira, de acordo com pesquisa da Reuters , já que trata-se de um dado de apenas um mês e o cenário mais amplo de inflação segue pressionado.

Prova disso é a medida do acumulado do IPCA-15 em 12 meses até julho, de alta de 6,75 por cento, acima dos 6,55 por cento no acumulado até junho. O número está acima do teto da meta perseguido pelo governo no ano, que é de 6,50 por cento.

A alta no acumulado em 12 meses ocorreu apesar da redução mensal da inflação porque em julho de 2010 o IPCA-15 foi menor, registrando queda de 0,09 por cento.

Além disso, as perspectivas do mercado e do próprio Banco Central para a inflação neste ano e no próximo estão acima do centro da meta, que é de 4,5 por cento nos dois anos, e o BC já reiterou diversas vezes que quer convergir a inflação para o centro em 2012.

Assim, o mercado espera mais uma alta de juro em agosto, segundo a pesquisa. Essa provavelmente deve ser a última do atual ciclo de aperto, mas se o cenário de melhora da inflação e de arrefecimento da economia não se concretizar, pode haver mais altas.

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Fonte:
Reuters

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