Standard & Poor's vê 1 em 3 chances de novo rebaixamento dos EUA

Publicado em 08/08/2011 08:27
O diretor-gerente da agência de classificação de risco Standard & Poor's, John Chambers, afirmou neste domingo que existe uma em três chances de haver um novo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos nos próximos seis meses a dois anos.

"Temos uma perspectiva negativa... de seis meses a 24 meses", disse ele a um programa do canal de TV ABC.

"E se a posição fiscal dos EUA se deteriorar mais ou se a contenção política se tornar mais arraigada, isso pode levar a um rebaixamento. A perspectiva indica pelo menos uma em três chances de rebaixamento nesse período".

Chambers disse que levará algum tempo para que os EUA recuperem a nota máxima de crédito "AAA".

"Exigiria uma estabilização da dívida como parte da economia e um eventual declínio. E exigiria, eu acho, maior habilidade para obter consenso em Washington do que vemos hoje", acrescentou.

Jornal chinês diz que rebaixamento dos EUA foi "sinal de alerta"

O principal jornal chinês alertou neste domingo que exportadores asiáticos podem estar entre as maiores vítimas dos temores relacionados aos Estados Unidos após a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixar a nota de crédito norte-americana.

Embora até agora o governo de Pequim tenha permanecido mudo quanto à perda da nota máxima de crédito "AAA" pelos EUA, o People's Daily fez uma avaliação sombria das potenciais consequências para a China e outras economias emergentes.

"O rebaixamento da nota de crédito dos EUA de longo prazo soou como uma sinal de alerta para o sistema monetário internacional dominado pelo dólar norte-americano", afirmou o economista Sun Lijian, em comentário no jornal.

O governo dos EUA pode não conseguir recuperar seu nível de crédito elevado se o deficit continuar a crescer, acrescentou.

"As maiores vítimas podem não ser os EUA, mas outros países que dependem da demanda externa para manter sua liquidez interna, sejam eles as nações asiáticas, que dependem de bens de exportação, ou da América Latina e do Oriente Médio, assim como a Rússia, que depende de recursos de exportação", escreveu Sun.

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Fonte:
Reuters

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