Rossi diz que crise financeira afetará pouco commodities agrícolas

Publicado em 09/08/2011 14:06
Ministro acredita que alimentos serão os menos atingidos pois são os últimos que a população reduz o consumo.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse nesta terça, dia 9, que, apesar das bolsas de commodities terem registrado queda nos últimos dias, como consequência da crise internacional, os preços de mercado dos alimentos não devem sofrer fortes abalos. Os preços elevados das commodities agrícolas têm sustentado a renda dos produtores brasileiros, que estão aumentando a área plantada mesmo com o câmbio menos vantajoso para as exportações.

– Nos próximos meses poderemos ter a redução no preço de algumas commodities, mas aquelas que são alimentos serão as menos afetadas, porque são as últimas que a população reduz o consumo – disse Rossi.

Além da crise internacional, a inflação na China, que atingiu o maior patamar dos últimos três anos, com o anúncio feito nesta terça, de alta de 6,5% no índice de preços ao consumidor, representa mais um perigo ao agronegócio brasileiro. A inflação dos alimentos foi ainda mais acentuada, chegando a 14,8% em julho. As duas tendências costumam levar a uma sensível redução do consumo, o que prejudica países exportadores como o Brasil.

Rossi, no entanto, assim como muitos economistas, disse que medidas adotadas pelo governo chinês devem amenizar o problema em pouco tempo. Mesmo assim, disse que ficou “impressionado” com o resultado da inflação chinesa dos alimentos e que sua equipe está acompanhando atentamente as perspectivas internacionais.


Wagner Rossi disse que não espera uma elevação nos preços das commodities e sim uma diminuição, já que a inflação dos alimentos na China foi muito alta. ”Com isso, a China deve começar a tomar medidas que irão forçar o preço internacional para baixo, porém, isso não deve afetar o Brasil. A demanda por alimentos continuará grande, mas os preços médios devem ter uma variação para menos. Mesmo assim a agricultura será o grande esteio do Brasil para enfrentar as possíveis dificuldades mundiais”, afirmou Rossi.


O levantamento da Conab mostrou também que as perdas com a geada, em especial no Paraná, superaram 1 milhão de toneladas, mas a recuperação em outras áreas permitiu que o impacto na produção total fosse de apenas 500 mil toneladas em relação à safra anterior. “Detectamos efeitos das geadas do mês passado, em especial nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo e nas culturas do milho e trigo, mas no geral houve uma compensação porque em outras áreas houve um aumento de produção”, concluiu.

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Fonte:
Agência Brasil

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