Brasil quer ingressar em fundo latino para evitar crise
A Argentina também apresentou a mesma disposição. Segundo o ministro argentino, Amado Boudou, o Flar será uma espécie de plataforma para um fundo de maior robustez. "Estamos criando uma nova institucionalidade com os instrumentos já existentes", comentou Boudou também ao final do encontro.
Segundo Mantega, a direção da Flar deve percorrer os países interessados, em uma espécie de "road show". Em um primeiro momento, o Brasil poderia ingressar na entidade sem exigir a mudança de suas regras. "O Flar estabelece uma cota com limite de US$ 500 milhões de integralização máxima para a participação. Não vejo maiores problemas para a adesão, que teria que passar pelo Congresso Nacional. Penso que seria um gesto importante", disse Mantega.
Além da revitalização do Flar, a cúpula decidiu também adotar uma posição em bloco contra o atual funcionamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). "O BID foi desvirtuado ao longo do tempo. Ele deveria ser o FMI latino-americano, mas, na prática, outros países ficaram com seu controle. Só vamos fortalecer o BID com mudança das cotas e da governança", disse o ministro.