Bolsas da Ásia fecham em alta; investidores recebem PIB do Japão
Nesta jornada, o governo japonês mostrou que a economia do país encolheu a uma taxa anualizada de 1,3% nos três meses até junho, com o efeito do terremoto e tsunami ocorridos em março, que acabou tendo impacto na produção e nas exportações japonesas. A expectativa de alguns analistas era de uma retração mais marcada, da ordem de 2,5% a 2,7%.
No confronto trimestral, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão apresentou recuo de 0,3% no período de abril a junho, ante projeções de contração de 0,7% a 0,9% neste tipo de comparação.
À agência Kyodo News, Masamichi Adachi, economista-sênior do JPMorgan Securities Japan Co., disse que, tecnicamente, pode ser dito que a economia japonesa enfrenta uma recessão, mas ele emendou que, devido aos efeitos do terremoto, causa surpresa a contração ser pequena.
Em Tóquio, o Nikkei 225 subiu 1,37%, para 9.086,41 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, aumentou 3,26%, alcançando 20.260,10 pontos. Em Sydney, o S&P/ASX 200 avançou 2,64%, somando 4.282,90 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, teve valorização de 1,30%, para 2.626,77 pontos.
PIB do Japão cai pelo 3ºtrimestre seguido, mas vem melhor que esperado
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão contraiu-se 1,3% em termos anualizados e sazonalmente ajustados no segundo trimestre deste ano. Esse foi o terceiro trimestre consecutivo em que a economia encolheu, mas o resultado veio melhor do que a mediana das expectativas de analistas, que era de um recuo de 2,7%. No primeiro trimestre, a economia japonesa contraiu-se 3,6%.
No segundo trimestre ante o primeiro, o PIB caiu 0,3%, menos que o declínio de 0,9% registrado no primeiro e a queda de 0,7% esperada pelos economistas. Analistas apontaram que a contração resultou principalmente da diminuição das exportações e dos gastos dos consumidores após o tsunami e o terremoto ocorridos em março, que provocaram danos às indústrias da região de Tohoku.
As exportações caíram 4,9% e os gastos das famílias, 0,1% no segundo trimestre. O investimento em moradia diminuiu 1,9% enquanto os estoques contribuíram positivamente com 0,3 ponto porcentual para o PIB geral.
Apesar dos números negativos, os analistas não estão tão pessimistas com a economia japonesa à frente, porque muitos segmentos já registram recuperação rápida. A expectativa é de aumento do PIB no terceiro trimestre do ano. “Os dados de julho a setembro vão provavelmente mostrar um ritmo rápido de crescimento, refletindo a recuperação do consumo e das exportações”, disse o economista-chefe de mercados da Mizuho Securities, Yasuniro Ueno.
O ministro da Economia do país, Kaoru Yosano, também expressou otimismo, afirmando que espera crescimento elevado do PIB nos próximos trimestres. Em entrevista coletiva, ele disse que a contração do segundo trimestre resultou de “um fator extraordinário”, referindo-se ao desastre de março. Segundo ele, diversos indicadores econômicos mostram retomada.
O iene forte, no entanto, é um risco para esse cenário, ressalvou ele. Portanto, o governo deve tomar medidas para ajudar as empresas e o Banco do Japão deve manter a política monetária frouxa, defendeu.
Na Reuters:
Economia do Japão encolhe menos que esperado no 2o trimestre
A economia do Japão encolheu muito menos do que o esperado no segundo trimestre, com as empresas correndo para recuperar o nível de produção após o devastador terremoto de março.
A alta do iene e a desaceleração da economia global, no entanto, surgem como obstáculos a um crescimento sustentável.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, terceira maior economia do mundo, recuou 0,3 por cento no segundo trimestre, menos do que a mediana de 0,7 por cento das previsões e que a queda de 0,9 por cento do primeiro trimestre.
Analistas esperam que o Japão passe a crescer no período de julho a setembro, provavelmente com a maior taxa entre as economias industrializadas, com exportações e indústria retornando aos níveis anteriores ao desastre.
"A economia vai mostrar uma recuperação em V entre julho e setembro, com a cadeia de produção ajudando a fortalecer as exportações", disse Yoshiki Shinke, economista-chefe da Dai-ichi Life Research Institute.
"Mas a economia vai perder ímpeto de outubro a dezembro em diante, embora não deva cair de volta em terreno negativo, à medida que desacelerar a demanda externa", afirmou.
Em termos anualizados, a economia do Japão encolheu 1,3 por cento, ante mediana de queda de 2,6 por cento nas previsões. No mesmo trimestre, os Estados Unidos tiveram crescimento anualizado de 1,3 por cento.