No Valor: Pessimismo volta a pautar mercados financeiros nesta quinta-feira

Publicado em 18/08/2011 10:14
Os temores em relação à desaceleração da economia global e aos problemas de dívida soberana na Europa devem voltar a pesar sobre os mercados globais nesta quinta-feira.

Por volta de 9h35, o indicador futuro do Ibovespa apontava desvalorização de 3,13%, aos 54.000 pontos.

Ontem, o principal indicador da bolsa nacional encerrou com alta de 1,38%, aos 55.073 pontos, impulsionado principalmente pelo exercício de opção sobre o futuro do Ibovespa. O movimento de alta se intensificou nos momentos finais do pregão.

Nesta manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços–10 (IGP-10) que registrou inflação de 0,20% em agosto. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,37% no ano.

Nos Estados Unidos, os índices futuros de Wall Street também apontavam para baixo. O Dow Jones terminou ontem com leve valorização de 0,04%, aos 11.410 pontos. O S&P 500 ganhou 0,09%, a 1.193 pontos, e o Nasdaq caiu 0,47%, a 2.511 pontos.

O mercado americano deve ser balizado hoje pelo resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), sendo que especialistas esperam inflação de 0,2% em julho, após deflação de 0,2%. Para o núcleo do indicador, que retira alimentos e energia da conta, o avanço estimado é de 0,3%.

Ainda na agenda americana serão divulgados os novos pedidos por seguro-desemprego, a pesquisa de atividade do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia e a venda de imóveis usados no mês de julho.

Os principais mercados europeus operavam com expressivas quedas, também receosos quanto ao ritmo de crescimento global. No mercado britânico, as principais perdas eram de papéis ligados ao setor de mineração e financeiro.

O índice FTSE 100 de Londres operava em baixa de 2,49%, a 5.195 pontos; CAC 40 de Paris caía 2,87%, a 3.161 pontos, enquanto o DAX de Frankfurt cedia 3,73%, aos 5.728 pontos.

Na Ásia, os mercados mais expressivos fecharam em desvalorização, mesmo com a notícia de superávit na balança comercial do Japão. O Nikkei 225, de Tóquio, caiu 1,25%, para 8.943 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, diminuiu 1,34%, para 20.016 pontos.

Bolsas da Europa têm fortes baixas; Frankfurt declina quase 4%

As praças acionárias da Europa verificam queda, acompanhando as perdas registradas na Ásia. Os investidores voltam a dar espaço para as inquietações com o quadro econômico internacional e para a crise da dívida.

Em entrevista a uma rádio da França, a representante da agência S&P naquele país confirmou que a nota "AAA" e perspectiva estável. Muitos investidores temiam que o país perdesse a nota máxima de crédito em meio aos problemas da dívida na zona do euro.

Há pouco, em Londres, o FTSE 100 declinava 2,54%, para 5.196,09 pontos. O CAC 40, de Paris, diminuía 2,79%, somando 3.163,57 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrava baixa de 3,90%, aos 5.716,83 pontos.

O indicador Ibex 35, de Madri, recuava 3,58%, ficando em 8.415,50 pontos. Em Milão, o FTSE MIB tinha desvalorização de 4,12%, para 15.293,70 pontos.

Entre os papéis com queda, estavam os do Barckays, Lloyds, Xstrata, Société Générale, Peugeot, Commerzbank, Volkswagen, ThysenKrupp e Deutsche Bank.

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Fonte:
Valor Online

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