Economia dos EUA volta a assustar e Bovespa tomba 3,52% nesta quinta-feira

Publicado em 19/08/2011 07:45
Mais sinais de fraqueza da economia norte-americana atingiram em cheio o movimento de recuperação das bolsas no mundo todo, que caíram com força, influenciando a Bovespa, que tombou ao menor nível em sete sessões.

Fortemente atingido pelas blue chips Petrobras e Vale, o Ibovespa, mais importante índice do mercado acionário doméstico, caiu 3,52 por cento, para 53.134 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,93 bilhões de reais, acima da média diária do ano.

"As bolsas vinham se recuperando, mas os indicadores econômicos de Estados Unidos e Europa estão colocaram tudo abaixo", resumiu o diretor da corretora Ativa, Álvaro Bandeira.

O profissional referiu-se ao dado de atividade fabril na região do Meio-Atlântico dos Estados Unidos, que desabou em agosto, recuando ao menor nível desde março de 2009, enquanto a venda de moradias usadas no país caiu inesperadamente em julho, reduzindo esperanças de melhora na recuperação econômica.

Comparativamente, o Ibovespa teve uma perda até mais leve do que em Nova York, onde os principais índices despencaram entre 3,7 e 5,2 por cento. Mais cedo, o principal índice acionário europeu desabara 4,8 por cento, na maior queda diária em dois anos e meio.

O temor cada vez mais presente de que o mundo esteja voltando à recessão atingiu com mais força as commodities. O preço do barril do petróleo desabou quase 6 por cento. A ação preferencial da Petrobras tombou 2,73 por cento, a 20,30 reais.

Não bastasse esse pano de fundo negativo, a Vale, empresa mais líquida do Ibovespa, foi atingida por um relatório do Goldman Sachs, que reduziu o preço-alvo do papel da mineradora devido à deterioração do cenário global e aos resultados financeiros decepcionantes da empresa no segundo trimestre.

Resultado: o papel preferencial da companhia teve baixa de 4,96 por cento, a 38,30 reais.

Na sexta-feira, a agenda de indicadores esvaziada pode deixar o ânimo dos investidores mais sensível ao noticiário corporativo.

Fonte: Reuters

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