PMI confirma quase estagnação da atividade industrial na zona do euro
Segundo a consultoria Markit, de Londres, o índice na zona do euro ficou em 51,1 em agosto, com a taxa continuando no mesmo nível registrado em julho, o mais baixo em 22 meses. A marca de 50 divide o crescimento da contração.
No entanto, o resultado não foi tão ruim do que previam analistas, que apostavam em mais deterioração nos setores industrial e de serviços e mais ameaça de nova recessão.
Conforme Markit, a atividade do setor de serviços progride apenas moderadamente, com sua mais fraca expansão desde setembro de 2009. Paralelamente, a produção industrial estagnou, não registrando agora nenhuma expansão pela primeira vez em mais de dois anos.
Na Alemanha, a maior economia da Europa, a atividade global também avançou moderadamente em serviços e indústria, com o mais fraco crescimento desde a retomada econômica no país há dois anos.
Na França, a segunda maior economia europeia, o crescimento global acelerou em agosto, mas superou apenas ligeiramente o mais baixo nível de 23 meses registrado em julho. O setor de servicos francês voltou ao nível de crescimento, mas a produção industrial teve a primeira baixa desde junho de 2009.
Fora do eixo franco-alemão, a atividade teve queda pelo terceiro mês consecutivo, apesar de ligeira redução na contração em serviços.
O volume de novas encomendas registra baixa marginal, a primeira em dois anos. O emprego progride, mas igualmente no ritmo mais fraco dos últimos meses.
Outro indicador aguardado com atenção pelo mercado foi sobre a China. O índice mostra que o setor industrial chinês parece estar se estabilizando num crescimento de 13% anual. Houve melhora na produção, novas encomendas para exportação.
Mas a China continua vulnerável a menor demanda externa nos próximos meses. Em todo caso, há evidências de que a economia chinesa nao sofrerá uma "aterrissagem forçada", de forma que o foco da política econômica no médio prazo será de manter o controle da inflação.