Agricultores acampam em Brasília e pedem recursos para o campo

Publicado em 24/08/2011 07:21
Muitos trabalhadores montaram barracas debaixo de um galpão para evitar o sol forte, uma cozinha foi improvisada com vários fogareiros.

O produtor Delfino Becker levou para comer o arroz que colheu em Querência do Norte, no Paraná. Ele diz que, dos 10 assentamentos da região, apenas o dele tem escola, mas precária e sem espaço físico. "Falta biblioteca e laboratório. É uma escola bastante improvisada”, explica.

O movimento também quer o assentamento de 60 mil famílias acampadas. Outra reivindicação é o aumento do orçamento do Incra para a obtenção de terras. Segundo o MST, os R$ 530 milhões deste ano destinados para desapropriação já foram comprometidos.

“Depende de onde vai desapropriar e o custo de área. Nós trabalhamos com uma referência de aproximadamente R$ 1,5 bilhão para esse ano como forma de suplementação para poder, ao menos, amenizar a situação”, diz Valdir Minerovicz, coordenador nacional do MST.

O presidente do Incra, Celso Lacerda, reconhece que o dinheiro não é suficiente. “Se for para atender toda a demanda de reforma agrária, os R$ 530 milhões realmente são insuficientes”, avalia.

Sobre a complementação de R$ 1,5 bilhão proposta pelo MST, o presidente diz que é um valor muito alto. “O Incra nunca trabalhou com o orçamento de uma suplementação de R$ 1,5 bilhão. O valor é bastante significativo. Só se pode discutir suplementação mais para o final do ano, quando o governo avaliará se há receita além do previsto”, completa Lacerda.

O Ministério da Educação confirmou que 24 mil escolas rurais foram fechadas entre 2002 e 2009. De acordo com o órgão, a diminuição da população do campo está entre as principais razões para a redução. O Ministério também explicou que algumas escolas que antes eram rurais, agora estão localizadas em áreas consideradas de perímetro urbano.

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Fonte:
Globo Rural

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