Ibovespa acompanha melhora de humor externo e já avança 1,6%
Os dados mais fracos que o previsto sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos não abalaram o ímpeto comprador dos investidores neste último pregão de agosto. O tradicional ajuste das carteiras pode estar favorecendo o desempenho das bolsas mundiais.
O Ibovespa subia 1,64% próximo das 11h, aos 56.293 pontos, e girava R$ 1,1 bilhão. Na BM&F, o índice futuro com vencimento em agosto apresentava alta de 1,67%, com o registro de 56.785 pontos.
Ontem, o Ibovespa teve valorização de 0,96%, aos 55.385 pontos, mas ainda acumula perda de 5,8% no mês.
Nos Estados Unidos, as bolsas também sobem pelo quarto dia seguido. Há pouco, o índice Dow Jones avançava 1,03%, o S&P 500 ganhava 1,24% e o Nasdaq registrava alta de 1,03%.
Enquanto o mercado nutre expectativas de novas ações pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para impulsionar a economia dos Estados Unidos, os indicadores correntes continuam a dar sinais de enfraquecimento.
Dado mais relevante do dia, o setor privado americano criou, em termos líquidos, 91 mil vagas de trabalho em agosto, de acordo com dados da ADP. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas, que era de criação de 100 mil vagas, e deu uma má indicação para o “payroll”, que sai na sexta-feira.
No Brasil, o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. Embora haja um consenso entre os economistas de que os juros básicos serão mantidos em 12,50% ao ano neste encontro, o mercado de juros futuros sugere maior probabilidade de um corte na taxa.
Empresas
Na cena corporativa, dentro do Ibovespa, apenas as ações ON da Light cediam, ao mostrar baixa de 0,29%, a R$ 26,82.
Já as maiores valorizações pertenciam aos papéis Brookfield ON ( 5,14%, a R$ 6,95), Duratex ON (4,90%, a R$ 10,49) e MMX ON (4,86%, a R$ 8,19).
Fora do índice, as ações PN do Universo Online (UOL) subiam 2,21%, a R$ 17,11. A Folhapar, controladora do portal de internet, informou ontem que vai manter o preço de R$ 17 por ação na oferta pública para aquisição das ações (OPA) em circulação no mercado, visando o fechamento de capital da empresa.
A Folhapar havia encomendado um laudo de avaliação do UOL ao Bradesco BBI, com ressalva de que, independentemente do resultado, o preço da OPA seria limitado a R$ 17.