Crise das dívidas volta a preocupar e bolsas europeias despencam

Publicado em 05/09/2011 13:57
As bolsas europeias fecharam em forte baixa nesta segunda-feira, com o aumento das especulações em torno da crise das dívidas soberanas na região. O volume reduzido de negócios, por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, colaborou para a maior volatilidade dos papéis.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 3,58%, para 5.102 pontos; em Paris, o CAC 40 perdeu 4,73%, aos 2.999 pontos; em Frankfurt, o DAX despencou 5,28%, para 5.246 pontos; e o FTSE MIB, de Milão recuou 4,83%, para 14.334 pontos.

As incertezas quanto ao sucesso do plano de socorro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) aos países endividados, particularmente a liberação da segunda parcela de ajuda à Grécia, pressionaram as ações do setor bancário. Société Générale perdeu 8,6% e RBS despencou 12,3%.

Credit Suisse (-8,1%) e Deutsche Bank (-7,5%) também caíram forte após a decisão do governo americano de processá-los, juntamente com outros 15 bancos, por venderem hipotecas com informações falsas ou incompletas às duas resseguradoras estatais de empréstimo imobiliário - a Fannie Mae e a Freddie Mac – durante o auge da bolha imobiliária. O governo espera recuperar US$ 196 bilhões em prejuízos tomados com essas hipotecas.

Completa o cenário pessimista do dia a derrota sofrida pela União Democrata Cristã (UDC), partido da premiê alemã, Angela Merkel, na eleição do Estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, reduto eleitoral de Merkel. A UDC obteve 24,5% dos votos.

O Partido Social Democrata, de oposição, saiu vitorioso, com 36% dos votos, segundo projeção da TV ZDF. Os liberais, aliados de Merkel no governo alemão, viram sua votação despencar de 10% para 3%.A avaliação é que o enfraquecimento político do governo alemão pode agravar ainda mais a crise na zona do euro.

Entre os indicadores do dia, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, uma medida da atividade da indústria e dos serviços da região, recuou de 51,1 em julho para 50,7 em agosto. O fato de o índice ter permanecido acima da marca de 50 aponta ainda uma expansão, só que a um ritmo menor em agosto.

Já o PMI para o setor de serviços do Reino Unido recuou de 55,4 em julho para 51,1 em agosto, a maior queda entre um mês e outro desde abril de 2001. O nível atingido, por sua vez, é o menor desde dezembro do ano passado.

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Fonte:
Valor Online

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