Juros futuros apresentam instabilidade; mercado analisa ata do Copom

Publicado em 08/09/2011 09:47
O mercado de juros futuros mostra instabilidade no início dos negócios desta quinta-feira, após o feriado brasileiro do Dia da Independência. Com os operadores de olho na ata divulgada pelo Banco Central (BC) referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) divergem, em sua maior parte, entre estabilidade e queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

Por volta das 9h30, o DI de janeiro de 2013 apresentava alta de 0,02 ponto percentual, a 10,67%, enquanto o de abertura de 2014 cedia 0,01 ponto, a 10,84%, e o do início de 2015 recuava 0,02 ponto, a 11,09%.

Além disso, os contratos de abertura de 2016 e 2017 cediam 0,01 ponto e 0,04 ponto, respectivamente, a 11,15% e 11,13%.

Já entre os contratos de vencimentos mais curtos, o DI de julho de 2012 subia 0,02 ponto, a 10,86%, e o de janeiro de 2012 mantinha taxa de 10,41%.

A ata do Copom revelou que as projeções de inflação para 2012 recuaram no cenário de referência do Banco Central, ficando "ao redor" da meta central de 4,5%. Para o primeiro semestre de 2013, o prognóstico também melhorou desde o encontro anterior, realizado em meados de julho, e está "ao redor" do centro da meta.

Esse cenário do BC leva em conta manutenção da taxa de câmbio em R$ 1,60 e do juro básico de 12,50% ao ano. Na reunião da semana passada, o Copom surpreendeu boa parte do mercado ao reduzir a Selic de 12,50% para 12%.

Economistas esperavam o fim do ciclo de aperto monetário,  diante das incertezas no cenário internacional, mas estimavam que a Selic seria mantida nesse encontro.

Também considerando o cenário de referência, no entanto, a projeção para a inflação de 2011 aumentou em relação à reunião do Copom de julho, permanecendo acima do centro da meta.

O Copom ainda avalia que a deterioração atual do cenário internacional causa um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do observado durante a crise de 2008/2009.

A análise considera um cenário alternativo e supõe que a nova rodada de turbulências internacionais seja "mais persistente do que a verificada em 2008/2009, porém menos aguda, sem observância de eventos extremos".

Segundo a ata da última reunião do colegiado, esse cenário alternativo levaria a uma desaceleração da atividade econômica doméstica e, "apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional".

Em sua avaliação sobre a evolução recente da economia, o Copom destaca a elevada incerteza sobre os rumos da atividade global, com perspectiva pior para países desenvolvidos e moderação na atividade dos emergentes. "Os riscos para a estabilidade financeira global se ampliaram, entre outros, pela possível exposição de bancos internacionais a dívidas soberanas, principalmente na zona do euro. As incertezas foram amplificadas, desde a última reunião do Copom, em parte devido à revisão da classificação de risco da dívida soberana dos Estados Unidos", diz o BC na ata da reunião.

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Fonte:
Valor Online

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