Dólar sobe em relação ao real pelo nono dia

Publicado em 13/09/2011 10:36
O dólar sobe pelo nono dia em relação ao real, refletindo a aversão ao risco que predomina no exterior. O temor de um calote do governo da Grécia continua a nortear os negócios.

Por volta das 9h30, o dólar comercial avançava 0,46%, cotado a R$ 1,714 na compra e a R$ 1,716 na venda. Caso encerre o pregão nesse patamar, será o maior preço desde 29 de novembro.  

No mercado futuro, o contrato de outubro negociado na BM&FBovespa registrava ganho de 0,67%, a R$ 1,725.

Ontem, a divisa encerrou com alta de 1,78%, a R$ 1,708 na venda, maior preço desde 17 de dezembro de 2010. Em oito pregões, a moeda acumula valorização de 7,49%.

A trajetória de alta persiste, mesmo diante do ingresso de recursos no país. O Brasil é o segundo emergente que mais tem recebido fluxo de capitais neste ano, recebendo até agora US$ 54,759 bilhões, sendo US$ 25,3 bilhões por meio de bônus e US$ 29,3 bilhões investidos por estrangeiros em ações, de acordo com o Royal Bank of Canadá (RBC), num levantamento que não inclui a China.

Entre as notícias relevantes do dia, o ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, se reuniu com o chefe do China Investment Corp., fundo soberano do país, na semana passada em Roma. O encontro teria servido para Tremonti pedir aos representantes chineses que considerassem a compra de títulos soberanos e investimentos em empresas da Itália. Entretanto, temores de que a negociação não seja bem-sucedida pesam sobre as bolsas de valores.

Os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - tentam preparar uma ação conjunta para sinalizar ajuda à combalida economia global. O Valor apurou que uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de suas reservas internacionais aplicada em títulos denominados em euros.

A aquisição de mais títulos de dívida soberana europeia seria limitada aos papéis de países mais sólidos, como Alemanha ou mesmo Grã-Bretanha. Uma decisão deve ser tomada no encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos Brics no dia 22, em Washington.

No mercado de câmbio externo, a maioria das moedas opera perto da estabilidade e ainda não apresenta tendência definida. O foco de hoje recai sobre o euro, que há dias observa queda. Há pouco, a moeda comum europeia registrava perda de 0,18% ante o dólar, a US$ 1,365.

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Fonte:
Valor Econômico

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