Volatilidade do mercado mundial contagia operações na Bovespa

Publicado em 13/09/2011 11:33 e atualizado em 13/09/2011 13:29
A abertura mista de Wall Street, com os principais índices acionários apontando para baixo, levou o mercado brasileiro a inverter a direção e registrar perdas nesta manhã. Logo em seguida, contudo, a volatilidade se acentuou e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou ao campo positivo.

A conturbada crise europeia não dá sinais de arrefecimento e a possibilidade de um default da Grécia não pode ser descartada. Na tentativa de acalmar os temores, a chanceler alemã Angela Merkel pediu nesta terça-feira que a zona do euro fique unida.

"Acredito que o melhor que pode fazer com relação à Grécia é não especular e sim incentivar o país a cumprir com os compromissos acertados", afirmou, em entrevista a uma emissora pública da Alemanha.

Ela acrescentou que não é preciso causar mais alarme nos mercados financeiros, porque já existem incertezas suficientes, e disse que um colapso da Grécia ou sua saída da zona do euro causaria um efeito dominó.

De fato, a situação de outros países da região continua a demandar atenção. Prova disso está no leilão de títulos promovido hoje pela Itália, no qual o Tesouro pagou caro e levantou apenas 6,5 bilhões de euros, abaixo do teto da meta.

No Brasil, por volta das 11h, o Ibovespa subia 0,13%, aos 55.759 pontos, e o giro na Bolsa era de R$ 834 milhões.O índice já marcou mínima de 55.166 pontos e máxima de 56.336 pontos.

Na BM&F, o Ibovespa futuro com vencimento em outubro apresentava baixa de 0,62%, com o registro de 56.000 pontos.

Ontem, o Ibovespa teve queda de 0,17%, aos 55.685 pontos.

Nos Estados Unidos, as bolsas também mostram instabilidade. Minutos atrás, o índice Dow Jones subia 0,20%, o S&P 500 avançava 0,62% e o Nasdaq registrava ganho de 0,82%.

Na agenda do país, o Departamento de Trabalho informou que os preços dos produtos importados pelos EUA recuaram 0,4% em agosto na comparação com julho, indicando que as pressões inflacionárias seguem benignas no país. Embora menor do que o recuo de 1,0% esperado por analistas, essa foi a segunda queda em três meses.

Empresas

Na cena corporativa brasileira, as principais altas do Ibovespa partiam dos papéis B2W ON (2,28%, a R$ 16,54), LLX ON (2,16%, a R$ 3,78) e MRV ON (1,89%, a R$ 12,90).

Destaque ainda para o desempenho de Gerdau PN (1,08%, a R$ 13,95), CSN ON (0,97%, a R$ 15,56).

Na direção oposta, as maiores baixas pertenciam às ações Cosan ON (-2,00%, a R$ 24,40), Hypermarcas ON (-2,53%, a R$ 12,28) e TIM Participações ON (-3,08%, a R$ 8,79).

No setor financeiro, os papéis pressionavam o Ibovespa para baixo. Bradesco PN cedia 1,06%, a R$ 27,89, Itaú Unibanco PN recuava 1,09%, a R$ 27,98, e as units do Santander Brasil perdiam 1,73%, a R$ 14,69.

Dentre as chamadas “blue chips”, Petrobras PN cedia 0,04%, a R$ 20,33, enquanto Vale PNA ganhava 0,38%, a R$ 41,44.

Fora do índice, as ações ON da Marcopolo avançavam 2,98%, a R$ 5,52. A fabricante de carrocerias assinou hoje acordo com o grupo  OJSC Kamaz, maior conglomerado do setor automobilístico da Rússia, para a constituição de uma joint venture comercial naquele país, que começará a operar em 2012.

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Fonte:
Valor Online

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