Ibovespa tenta seguir Wall Street e avança 0,25%

Publicado em 13/09/2011 16:20
Apesar da recuperação das bolsas europeias, diante da alta das ações do setor bancário, e dos ganhos vistos em Wall Street, o mercado acionário brasileiro segue com volatilidade acentuada.

Por volta das 15h40, o Ibovespa subia 0,25%, aos 55.825 pontos. O volume negociado estava em torno de R$ 3,4 bilhões.

No mesmo horário, o índice Dow Jones ganhava 0,62%, o S&P 500 subia 1,10% e o Nasdaq avançava 1,55%.

Entre os destaques do dia, o mercado acompanha de perto a possível atuação dos emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul com o objetivo de contribuir para a recuperação global. Matéria do Valor mostrou que uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de reservas internacionais dos países do Brics aplicada em títulos denominados em euros.

O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os principais países emergentes vão discutir na próxima semana como ajudar a Europa a enfrentar a crise.

Mais cedo, notícias “desencontradas” adicionaram tensão a um mercado já nervoso, relacionadas a um encontro entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e também à  possível atuação da China na compra de títulos soberanos da Itália.

O Tesouro italiano, contudo, pagou caro em jum leilão promovido hoje e levantou apenas 6,5 bilhões de euros, abaixo do teto da meta da operação.

A China reiterou apenas sua confiança na economia europeia e no euro, acrescentando que a Europa vai continuar a ser um dos principais mercados de investimento estrangeiro da China.

A Grécia também não saiu do foco e as expectativas estão voltadas para a visita da delegação da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) - conhecida por troika – à Atenas amanhã, quando deverá avaliar os esforços feitos pelo país para poder receber nova parcela de um socorro financeiro.

Empresas

Dentro do Ibovespa,  a maior parte das ações opera em alta, com destaque para B2W ON (8,10%, a R$ 17,48) e Lojas Americanas PN (4,42%, a R$ 16,28). O mercado opera de olho na proposta da controladora de realizar uma quinta emissão privada de debêntures, no valor de R$ 292,6 milhões.

Já as maiores baixas partiam dos papéis Hering ON (-3,20%, a R$ 33,18), BR Malls ON (-3,44%, a R$ 19,64) e Lojas Renner ON (-4,46%, a R$ 57,80).

O Citi atualizou seu modelo para a empresa varejista e rebaixou a recomendação para as ações da Lojas Renner de compra para manutenção. O preço-alvo, contudo, subiu de R$ 67 para R$ 72 ao fim de 2012.

A instituição ainda elevou a recomendação para os papéis ON da OGX e da HRT Participações em Petróleo de manutenção para compra, com risco especulativo. O preço-alvo para as ações da OGX, contudo, foi cortado de R$ 25 para R$ 20,5. Já o preço para os papéis da HRT subiu de R$ 1.970 para R$ 2.200.

O Citi ainda iniciou a cobertura dos papéis ON da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) também com recomendação de compra com risco especulativo e preço-alvo de R$ 22,5.

Há pouco, os papéis ON da OGX Petróleo subiam 2,29%, a R$ 11,12. Fora do Ibovespa, as ações ON da HRT avançavam 8,47%, a R$ 998, enquanto os papéis ON da QGEP Participações subiam 3,30%, a R$ 15,31.

Fonte: Valor Econômico

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