Pesquisa Mensal de Comércio

Publicado em 14/09/2011 08:17
Em julho, vendas no varejo crescem 1,4% e receita nominal sobe 1,6%

Em julho, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,4% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,6%. Com isso, o setor completa três meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e 16 meses seguidos em receita nominal.

Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 7,1% sobre julho de 2010, 7,3% nos sete primeiros meses de 2011 e 8,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 12,5%, 12,3% e 13,2%, respectivamente.
 
Entre as dez atividades, oito têm variação positiva

Na série com ajuste sazonal, oito das dez atividades obtiveram variações positivas em volume de vendas: Móveis e eletrodomésticos (4,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%); Veículos e motos, partes e peças (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,8%); Material de construção (0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%). As variações negativas ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).

Já na comparação com julho de 2010, todas as atividades cresceram: Móveis e eletrodomésticos (21,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (15,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,3%); Veículos e motos, partes e peças (8,8%); Material de construção (7,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,0%); Tecidos, vestuário e calçados (1,4%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%).

Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 21,4% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foram responsáveis pela maior participação na taxa global do varejo (49%) e pela segunda maior influência na formação da taxa do varejo ampliado (27%). Em termos acumulados, as variações atingiram 18,3% no ano e 17,8% em 12 meses. Tal desempenho decorre do crescimento do emprego e do rendimento, da manutenção do crédito, bem como da queda dos preços dos produtos eletroeletrônicos (-7,0% nos últimos 12 meses até julho, segundo o IPCA).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 4,5% no volume de vendas sobre julho do ano anterior, respondeu por 31% da taxa do varejo (segunda maior influência) e por 17% do resultado do varejo ampliado (terceiro maior impacto). Mesmo tendo elevado o seu ritmo de crescimento nos últimos meses, a atividade se mantém com desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima da média no período de 12 meses: 8,3% no grupo alimentação no domicílio, contra 6,9% da inflação global, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação se estabeleceram em 4,0% para o acumulado dos primeiros sete meses do ano e em 5,3% no dos últimos 12 meses.

 

Os 10,3% de crescimento no volume de vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria levaram a atividade a responder pelo terceiro e quarto maiores impactos na formação dos resultados do varejo e do varejo ampliado, respectivamente. Com acréscimos da ordem de 10,6% no acumulado do ano e de 11,3% no acumulado dos últimos 12 meses, o segmento mantém em todas as comparações resultados acima da taxa global do varejo. Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários, a ampliação da oferta de medicamentos genéricos (estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços) e a própria essencialidade dos produtos do gênero.

Varejo ampliado varia 0,6% no volume de vendas

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, continua com resultados positivos, com variações sobre o mês anterior de 0,6% para o volume de vendas e de 1,0% para receita nominal de vendas, ambas as taxas com o ajuste sazonal. Nas demais comparações, o volume de vendas obteve acréscimos de 7,7% em relação julho de 2010, 9,0% no acumulado do ano e 10,5% no acumulado de 12 meses. Nestes mesmos indicadores, a receita nominal de vendas cresceu, respectivamente, 10,5%, 11,8% e 13,4%.

 

Veículos, motos, partes e peças registrou variação de 8,8% em relação a julho de 2010, 11,5% para o período de janeiro a julho e 13,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Quanto a Material de Construção, as variações foram de 7,5% na comparação com julho do ano passado, 11,7% para os sete primeiros meses de 2011 e 13,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

 
Na comparação com julho de 2010, resultado negativo apenas no Amapá

Das 27 unidades da federação, apenas o Amapá obteve resultado negativo, em julho, com queda de -2,7% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os destaques em termos de taxa de crescimento foram Tocantins (25,0%), Rondônia (18,0%), Bahia (10,7%), Paraíba (10,2%) e Pernambuco (10,1%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (6,9%), Rio de Janeiro (6,9%), Minas Gerais (7,9%), Bahia (10,7%) e Paraná (8,0%).

 

Em relação ao varejo ampliado, que teve também o Amapá como único resultado negativo, com -9,7% sobre julho de 2010, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Tocantins (30,7%), Espírito Santo (29,2%), Rondônia (13,9%), Santa Catarina (10,3%) e Minas Gerais (10,2%). Quanto ao impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (7,0%), Rio de Janeiro (8,3%), Minas Gerais (10,2%), Espírito Santo (29,2%) e Paraná (10,1%).

 
Ainda por unidades da federação, os resultados sobre o mês anterior com ajuste sazonal, para o volume de vendas, foram positivos em 23 dos 27 estados, sendo destaques as taxas do Acre (5,2%), Roraima (4,0%), Rondônia (3,6%), Tocantins (3,4%) e Maranhão (3,3%). Os estados com queda no volume de vendas na mesma comparação foram Amapá (-7,7%), Alagoas (-1,1%), Amazonas (-0,8%) e Rio Grande do Sul (-0,3%).

Fonte: IBGE

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA
Brasil e Japão assinam acordos em agricultura e segurança cibernética