Ibovespa mostra volatilidade e passa a operar no "vermelho"

Publicado em 14/09/2011 12:35
Após um início de dia com valorização, a bolsa brasileira seguiu a direção de Wall Street e passou a cair.

A esperança de que o encontro dos líderes da Alemanha, França e Grécia resulte em uma solução para a crise financeira enfrentada pelo último país ainda não se dissipou, mas a volatilidade já habitual do mercado reaparece em um ambiente de constante insegurança dos agentes com as notícias divulgadas.

Ainda é uma incógnita se a Grécia vai conseguir provar os esforços fiscais necessários para receber nova parcela do socorro financeiro da União Europeia (UE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE).

E, com a crescente incerteza, a aversão a risco volta a aumentar de uma hora para a outra, com os agentes menos dispostos a se expor a mercados como bolsas e commodities.

A exposição dos bancos à crise europeia segue no foco. Hoje, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou os rating do Société Générale e do Crédit Agricole. Ainda que o corte tenha sido menos severo do que o mercado esperava, as dúvidas sobre o setor bancário persistem.

Por volta das 11h30, o Ibovespa cedia 0,39%, aos 55.329 pontos. O giro no mercado era de R$ 1,4 bilhão. O índice recuou nos três últimos pregões.

Na BM&F, o Ibovespa futuro, com vencimento em outubro, apresentava baixa de 0,32%, com o registro de 55.590 pontos.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones cedia 0,59%, o S&P 500 recuava 0,28% e o Nasdaq registrava baixa de 0,02%.

Por lá, a agenda do dia revelou que as vendas no varejo ficaram estáveis em agosto ante julho, resultado pior que o aumento de 0,3% previsto por analistas.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) também ficou estável em agosto na comparação com julho, com a queda dos preços de energia compensando as altas registradas pelos alimentos. De acordo com o Departamento de Trabalho do país, excluindo alimentos e energia, que são mais voláteis, o núcleo do PPI apresentou alta de 0,1%. Analistas esperavam estabilidade do índice cheio e alta de 0,2% do núcleo.

Por fim, os estoques das empresas americanas aumentaram 0,4% em julho na comparação com junho, número um pouco menor que o previsto pelo mercado.

Empresas

Na cena corporativa, as atenções recaem sobre as negociações entre  a Nippon Steel, maior siderúrgica do Japão, e a brasileira Gerdau para evitar o êxito de uma oferta rival de US$ 2,9 bilhões, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por uma participação na Usiminas, conforme noticiou a Bloomberg News.

Há pouco, as ações ON da Usiminas lideravam os ganhos do Ibovespa, com valorização de 2,70%, a R$ 25,06, seguidas pelos papéis Fibria ON (1,92% a R$ 16,40) e Gerdau PN (1,44%, a R$ 14,02).

No sentido oposto, depois de dispararem ontem, as ações ON da B2W cediam 2,93%, a R$ 17,20, e Lojas Americanas PN caíam 3,46%, a R$ 15,59. A jornada passada foi marcada por rumores de venda da varejista eletrônica.

Também no “vermelho”, Petrobras PN cedia 0,34%, a R$ 20,25, e Vale PNA recuava 0,52%, a R$ 41,34.

Fluxo externo

Ainda no mercado brasileiro, o fluxo direto estrangeiro na Bovespa estava positivo em R$ 183,7 milhões no acumulado do mês, até o dia 12, resultado de compras no valor de R$ 14,9 bilhões e de vendas de R$ 14,7 bilhões. Apenas na segunda-feira passada, quando o Ibovespa caiu 0,17%, o estrangeiro mostrou retirada líquida de R$ 111,6  milhões do mercado.

No ano, o resultado da atuação direta do investidor internacional na bolsa brasileira está positivo em cerca de R$ 75 milhões.

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Fonte:
Valor Online

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