Em véspera de vencimento de opções, Ibovespa perde força

Publicado em 16/09/2011 12:00 e atualizado em 16/09/2011 13:23
A valorização das bolsas europeias e americanas nesta sexta-feira foi acompanhada de perto pelo mercado acionário brasileiro no início dos negócios. Depois de avançar 1,1% na máxima do dia e romper os 57 mil pontos, contudo, a alta do Ibovespa perdeu fôlego e  o indicador ensaia uma inversão de rumo.

O movimento das bolsas americanas e brasileira está sujeito a distorções. No Brasil, ocorre o vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. Já Wall Street sofre hoje os efeitos do vencimento quádruplo, quando expiram, ao mesmo tempo, os contratos futuros sobre índices acionários e de ações e as opções sobre índices e sobre ações.

No Brasil, por volta das 11h35, o Ibovespa subia apenas 0,13%, aos 56.456 pontos, e a Bolsa girava R$ 1,1 bilhão. Já na BM&F, o índice futuro, com vencimento em outubro, apresentava leve baixa de 0,03%, com o registro de 56.730 pontos.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subia 0,33%, o S&P 500 avançava 0,25% e o Nasdaq registrava ganho de 0,32%.

Único destaque da agenda americana, a melhora da confiança do consumidor estimula o bom humor dos investidores. O índice de confiança medido pela Reuters e Universidade de Michigan subiu de 54,9 ao fim de agosto para 57,8 em meados de setembro.

Na Europa, a ação coordenda de bancos centrais para injetar liquidez em dólares aos bancos europeus continua a trazer bons frutos para os mercados.

A reunião de ministros europeus de Finanças, na Polônia, contudo, não trouxe nenhuma nova medida concreta para a crise. Jean-Claude Juncker, que lidera o grupo de ministros das Finanças da zona do euro, apenas disse que os governos da região vão decidir em outubro sobre o pagamento da próxima parcela do socorro financeiro à Grécia.

Representantes da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) adiaram sua avaliação em meio a questionamentos sobre os esforços da Grécia para reduzir seu déficit.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, que participou do encontro europeu nesta sexta-feira, reforçou sua avaliação de que a Europa tem capacidade de resolver seus problemas.

“Como no Brasil temos uma briga indigesta entre comprados e vendidos e, nos Estados Unidos, o vencimento quádruplo, o dia é atípico para os mercados. Não houve nenhuma medida nova na Polônia, mas voltam as expectativas sobre a reunião do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] na próxima semana”, destaca o economista da Senso Corretora Antônio César Amarante.

Empresas

Na cena corporativa brasileira, a maioria das ações do Ibovespa avança, com destaque para B2W ON (2,15%, a R$ 17,07), Eletrobras ON (2,14%, a R$ 16,63) e Telesp PN (2,05%, a R$ 50,73).

CSN ON avançava 1,07%, a R$ 15,92, após a empresa ter informado a rescisão de seu contrato com o grupo espanhol Gallardo, firmado em maio deste ano. O acordo, que envolvia a subsidiária CSN Steel, previa a compra de cinco ativos, entre eles a produtora de cimento e clíquer Cementos Balboa, localizada na região da Extremadura, na Espanha.

Também no “azul”, Vale PNA ganhava 0,07%, a R$ 42,75, e OGX Petróleo ON subia 0,25%, a R$ 11,69, enquanto Petrobras PN caía 0,24%, a R$ 20,50.

As principais baixas pertenciam aos papéis Braskem PNA (-1,54%, a R$ 15,90), Marfrig ON (-1,64%, a R$ 7,79) e Embraer ON (-1,87%, a R$ 11,01).

Fonte: Valor Econômico

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